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IGP-M deve fechar o mês de fevereiro em 0,34%, prevê FGV

As principais contribuições para a perda de ritmo da inflação partem dos produtos agropecuários, que apresentaram quedas ainda maiores neste mês do que no anterior

IGP-M: a inflação do trigo continua no campo positivo, mas já demonstra desaceleração, tendo passado de 7,96% para 2,25% (Stock.xchng)
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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 14h26.

Rio de Janeiro - A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) deverá fechar o mês de fevereiro em linha com a segunda prévia, que ficou em 0,34%, segundo divulgação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) nesta terça-feira.

"Daqui para o fim do mês, não devemos nos distanciar muito do que está agora", previu o economista responsável pela pesquisa, Salomão Quadros.

As principais contribuições para a perda de ritmo da inflação partem dos produtos agropecuários, que apresentaram quedas ainda maiores neste mês do que no anterior, além da energia elétrica, no varejo.

No segmento produtor, a aceleração de 0,23% em janeiro para 0,27% em fevereiro, segundo o Índice de Preços ao Atacado (IPA), foi resultado do aumento de preços dos produtos industriais, por causa, principalmente, do reajuste de preços dos combustíveis e lubrificantes (de -0,31% para 4,37%), óleo diesel (de 0% para 5,40%), óleos combustíveis (de -0,07% para 3,78%) e gasolina (de 0% para 6,60%).

Em contrapartida, os produtos agropecuários intensificaram a queda, com deflação de 2,15%, ante -1,11% na segunda prévia do mês anterior. O principal exemplo é a soja, que no atacado apresentou variação negativa de preço, de -6,03% para -9,78%, e em 2013 acumula queda de 17,9%.

Também estão em queda os preços das aves (de 2,80% para -2,28%) e do milho (de -0,83% para -2,40%). A inflação do trigo continua no campo positivo, mas já demonstra desaceleração, tendo passado de 7,96% para 2,25%.


Com o barateamento dos agropecuários no atacado, os preços dos alimentos processados no varejo também estão perdendo ritmo. A alimentação para o consumidor final variou 1,43% ante 1,58% no mesmo período de janeiro. Caso dos laticínios (de 1,05% para 0,48%) e do arroz e feijão (de 1,66% para 0,42%).

As hortaliças e os legumes permanecem avançando, como acontece tradicionalmente nesta época do ano, tendo variado 10,67% ante 10,19% em janeiro. Mas essa trajetória de aceleração deve ser encerrada até o início de março, projetou Quadros.

A grande contribuição na segunda prévia do IGP-M de fevereiro para a desaceleração dos preços no varejo, de 0,70% para 0,28%, partiu, na verdade, do grupo habitação (de 0,20% para -1,69%), por causa da redução da tarifa de energia elétrica concedida ainda em janeiro (de -0,25% para -15,27%). A expectativa do governo federal é que a deflação alcance a taxa de 18%.

Até o fim do mês, o balanço entre a queda da tarifa de energia e a alta dos combustíveis é favorável à desaceleração. Do reajuste dos combustíveis concedido nas refinarias da Petrobras em janeiro, quase a totalidade já foi captada pelos indicadores de inflação do Ibre/FGV. Até a segunda prévia do IGP-M a gasolina apresenta reajuste de preços de 1,95% ante 0,05%, em igual período do mês anterior.

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Rio de Janeiro - A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) deverá fechar o mês de fevereiro em linha com a segunda prévia, que ficou em 0,34%, segundo divulgação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) nesta terça-feira.

"Daqui para o fim do mês, não devemos nos distanciar muito do que está agora", previu o economista responsável pela pesquisa, Salomão Quadros.

As principais contribuições para a perda de ritmo da inflação partem dos produtos agropecuários, que apresentaram quedas ainda maiores neste mês do que no anterior, além da energia elétrica, no varejo.

No segmento produtor, a aceleração de 0,23% em janeiro para 0,27% em fevereiro, segundo o Índice de Preços ao Atacado (IPA), foi resultado do aumento de preços dos produtos industriais, por causa, principalmente, do reajuste de preços dos combustíveis e lubrificantes (de -0,31% para 4,37%), óleo diesel (de 0% para 5,40%), óleos combustíveis (de -0,07% para 3,78%) e gasolina (de 0% para 6,60%).

Em contrapartida, os produtos agropecuários intensificaram a queda, com deflação de 2,15%, ante -1,11% na segunda prévia do mês anterior. O principal exemplo é a soja, que no atacado apresentou variação negativa de preço, de -6,03% para -9,78%, e em 2013 acumula queda de 17,9%.

Também estão em queda os preços das aves (de 2,80% para -2,28%) e do milho (de -0,83% para -2,40%). A inflação do trigo continua no campo positivo, mas já demonstra desaceleração, tendo passado de 7,96% para 2,25%.


Com o barateamento dos agropecuários no atacado, os preços dos alimentos processados no varejo também estão perdendo ritmo. A alimentação para o consumidor final variou 1,43% ante 1,58% no mesmo período de janeiro. Caso dos laticínios (de 1,05% para 0,48%) e do arroz e feijão (de 1,66% para 0,42%).

As hortaliças e os legumes permanecem avançando, como acontece tradicionalmente nesta época do ano, tendo variado 10,67% ante 10,19% em janeiro. Mas essa trajetória de aceleração deve ser encerrada até o início de março, projetou Quadros.

A grande contribuição na segunda prévia do IGP-M de fevereiro para a desaceleração dos preços no varejo, de 0,70% para 0,28%, partiu, na verdade, do grupo habitação (de 0,20% para -1,69%), por causa da redução da tarifa de energia elétrica concedida ainda em janeiro (de -0,25% para -15,27%). A expectativa do governo federal é que a deflação alcance a taxa de 18%.

Até o fim do mês, o balanço entre a queda da tarifa de energia e a alta dos combustíveis é favorável à desaceleração. Do reajuste dos combustíveis concedido nas refinarias da Petrobras em janeiro, quase a totalidade já foi captada pelos indicadores de inflação do Ibre/FGV. Até a segunda prévia do IGP-M a gasolina apresenta reajuste de preços de 1,95% ante 0,05%, em igual período do mês anterior.

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