Economia

IGP-M acelera alta para 1,34% em julho, diz FGV

O resultado ficou acima das expectativas do mercado. Segundo mediana de projeções, o mercado projetava alta de 1,23%

Informação é da Fundação Getulio Vargas (Pedro Zambarda/EXAME.com)

Informação é da Fundação Getulio Vargas (Pedro Zambarda/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2012 às 09h30.

São Paulo - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou para uma alta de 1,34 por cento em julho, ante elevação de 0,66 por cento em junho, impulsionado principalmente pelos preços no atacado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.

O resultado ficou acima das expectativas do mercado. Segundo mediana de projeções coletadas pela Reuters, o mercado projetava alta de 1,23 por cento do indicador no mês passado.

Em 12 meses, o IGP-M avançou 6,67 por cento e a taxa acumulada no ano é de 4,57 por cento, de acordo com a FGV.

Dentre os subíndices que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo-Mercado (IPA-M) teve alta de 1,81 por cento em julho, ante inflação de 0,74 por cento no mês anterior.

Os preços dos Bens Finais avançaram 1,04 por cento, ante 0,19 por cento anteriormente. Contribuiu para este movimento o subgrupo combustíveis, cuja taxa de variação passou de -0,28 por cento para 5,14 por cento.

No segmento Bens Intermediários, houve aceleração para 1,34 por cento, ante 1,20 por cento em junho. A principal contribuição partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que passou de 0,38 por cento para 3,65 por cento.

O índice de Matérias-Primas Brutas apresentou variação de 3,31 por cento, contra 0,76 por cento no mês anterior. Os itens que mais influenciaram foram soja em grão (4,30 para 14,89 por cento), milho em grão (-3,95 para 6,74 por cento) e café em grão (-2,00 para 2,36 por cento).

Varejo

Já o Índice de Preços ao Consumidor-Mercado (IPC-M) acelerou a alta para 0,25 por cento, contra 0,17 por cento visto anteriormente.

A principal contribuição para o acréscimo foi do grupo Alimentação, que passou de 0,61 para 1,06 por cento. Nesta classe de despesa, destacou-se o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa de variação passou de 7,53 para 15,39 por cento.

Também foram registrados acréscimos nas taxas de variação de Transportes (-0,78 para -0,39 por cento), Educação, Leitura e Recreação (-0,07 para 0,27 por cento), Comunicação (-0,03 ara 0,17 por cento) e Habitação (0,17 para 0,18 por cento).

Por sua vez, o Índice Nacional de Custo da Construção-Mercado (INCC-M) registrou elevação de 0,85 por cento, desacelerando ante alta de 1,31 por cento na apuração de junho.


O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,63 por cento, ante 0,30 por cento no mês anterior.

O custo da Mão de Obra subiu 1,05 por cento em julho, ante 2,28 por cento em junho.

Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel.

Os indicadores de inflação voltaram a mostrar uma certa aceleração recentemente, como por exemplo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que subiu 0,33 por cento em julho ante 0,18 por cento em junho, acima das expectativas.

Ainda assim, a percepção geral é de que a inflação continua sob controle, o que mantém em aberto a possibilidade do Banco Central dar continuidade à sua política de estímulo à economia através da redução da taxa básica de juros, hoje na mínima histórica de 8 por cento ao ano após oito cortes consecutivos.

Em outra frente o governo anunciou benefícios fiscais a indústrias e consumidores, além de aumento das compras federais. Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff informou ainda que anunciará em agosto e setembro medidas anticíclicas para estimular a economia.

A persistente dificuldade da atividade brasileira em deslanchar levou o governo a cortar a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5 por cento para 3 por cento neste ano.

Entretanto, o dado ainda é melhor que o do Banco Central, que reduziu sua projeção para este ano de 3,5 por cento para 2,5 por cento.

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