Economia

IGP-10 de julho sobe 0,18% em julho e acumula alta de 15,52% no ano

No mês anterior, o índice tinha aumento 2,32%. A taxa em 12 meses cresceu 34,61%

As altas nos preços das passagens aéreas, energia elétrica e gasolina ajudaram sustentaram a inflação ao consumidor (NurPhoto/Corbis/Getty Images)

As altas nos preços das passagens aéreas, energia elétrica e gasolina ajudaram sustentaram a inflação ao consumidor (NurPhoto/Corbis/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de julho de 2021 às 10h08.

Última atualização em 16 de julho de 2021 às 10h09.

O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) desacelerou a alta a 0 18% em julho, após ter aumentado 2,32% em junho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 16. O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,46% a avanço de 0,28%. Porém, ficou acima da mediana positiva de 0,15%.

Quanto aos três indicadores que compõem o IGP-10 de julho, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram queda de 0,07% no mês, ante uma elevação de 2,64% em junho. Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram aumento de 0,70% em julho, após o avanço de 0,72% em junho. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve alta de 1,37% em julho, depois de subir 2,81% em junho.

O IGP-10 acumulou um aumento de 15,52% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 34,61%. O período de coleta de preços para o indicador de julho foi do dia 11 de junho a 10 deste mês.

As altas nos preços das passagens aéreas (26,99%), energia elétrica (3,86%) e gasolina (1,42%) ajudaram a sustentar a inflação ao consumidor dentro do IGP-10 de julho.

Mas dentro do IPC-10, seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Transportes (de 1,69% em junho para 0,81% em julho), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0 30% para -0,24%), Habitação (de 1,41% para 1,17%), Vestuário (de 0,83% para 0,34%), Despesas Diversas (de 0,26% para 0,18%) e Comunicação (de 0,10% para 0,04%).

As principais contribuições partiram dos itens: gasolina (de 3 16% para 1,42%), plano e seguro de saúde (de 0,86% para -1,27%), taxa de água e esgoto residencial (de 2,08% para -0,04%), roupas (de 1,06% para 0,47%), alimentos para animais domésticos (de 2 70% para 1,24%) e serviços de streaming (de 2,16% para 0,54%).

Na direção oposta, houve aumento nas taxas dos grupos Educação, Leitura e Recreação (de -0,76% para 2,23%) e Alimentação (de 0 21% para 0,45%). As maiores influências partiram dos itens: passagem aérea (de -8,95% para 26,99%) e frutas (de -7,08% para -2,20%).

 

 

Construção

A alta mais branda no custo em mão de obra e em material de construção desacelerou a inflação do setor dentro do IGP-10, segundo a FGV. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) passou de um avanço de 2,81% em junho para uma elevação de 1,37% neste mês.

O Índice que representa o custo de Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de um aumento de 2,27% no sexto mês do ano para uma alta de 1,30% em julho. Os gastos com Materiais e Equipamentos tiveram alta de 1,43% em julho, enquanto os custos dos Serviços tiveram elevação de 0,70% no mês.

Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de 3 37% em junho para uma elevação de 1,45% neste mês.

IPAs

Os preços agropecuários mensurados pelo IPA Agrícola recuaram 2 60% no atacado em julho, após um avanço de 0,92% em junho, dentro do IGP-10). Já os preços dos produtos industriais, medidos pelo IPA Industrial, tiveram alta de 0,92% este mês, depois da elevação de 3,34% no atacado em junho.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 1,27% em julho, ante uma elevação de 1,66% em junho.

Os preços dos bens intermediários subiram 0,90% em julho, após alta de 2,24% no mês anterior. Já os preços das matérias-primas brutas caíram 1,78% em julho, depois da elevação de 3,66% em junho.

 

 

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