Economia

IBC-Br avança 1,13% e fecha 2º tri com alta de 0,89%

Analistas esperavam alta mensal de 1,25% em junho


	Sede do Banco Central em Brasília: índice é considerado espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Sede do Banco Central em Brasília: índice é considerado espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2013 às 09h25.

São Paulo - A atividade econômica brasileira desacelerou no segundo trimestre deste ano, ao registrar expansão de 0,89 por cento sobre os três primeiros meses, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta quinta-feira.

No primeiro trimestre, o indicador - considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) - mostrou expansão de 1,10 por cento, segundo dados revisados.

Em junho, o IBC-Br registrou crescimento de 1,13 por cento sobre maio, abaixo do esperado pelo mercado. Analistas consultados pela Reuters esperavam alta de 1,25 por cento no mês, de acordo com a mediana de 19 projeções, que variaram de 0,30 a 1,70 por cento.

O resultado, entretanto, foi melhor do que o de maio, quando houve recuo de 1,5 por cento, número também revisado ante contração de 1,4 por cento divulgado anteriormente.

A expansão em junho foi impulsionada principalmente pelo resultado da produção industrial no período, com crescimento de 1,9 por cento e destaque para bens de capital.

O movimento também veio das vendas no varejo que, apesar de ainda mostrarem pouco fôlego, registraram expansão mensal de 0,5 por cento em junho.

Na comparação com junho de 2012, o IBC-Br avançou 3,24 por cento e acumula em 12 meses alta de 2,12 por cento, ainda segundo os dados dessazonalizados do BC.

A baixa confiança tem sido um dos principais problemas para uma retomada da economia neste ano, agravada recentemente pelas manifestações que pararam várias cidades no Brasil, em meio à própria fraqueza da atividade e ao cenário de inflação elevada.

Entre os vários setores, tanto a confiança do consumidor quanto da indústria tiveram em julho o menor nível desde 2009, e o governo já avalia que o terceiro trimestre deve ter desempenho econômico aquém do visto entre abril e junho.

As expectativas do mercado para a expansão do PIB neste ano estão cada vez mais perto de 2 por cento. Pesquisa Focus do BC aponta projeção dos economistas de 2,21 por cento.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os dados sobre o PIB do segundo trimestre no próximo dia 30. Nos três primeiros meses do ano, a economia brasileira desapontou com expansão de apenas 0,6 por cento sobre o trimestre anterior.

Atualizado às 9h24

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