Guedes diz que Selic é 'freio de mão puxado' e PIB só cresce 2,70%, 3%
Na semana passada, o Copom do Banco Central manteve a taxa básica em 13,75%, interrompendo o ciclo de 12 altas seguidas da taxa
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de setembro de 2022 às 16h50.
Última atualização em 26 de setembro de 2022 às 17h44.
O ministro da Economia, Paulo Guedes , afirmou nesta segunda-feira, 26, que a taxa Selic este ano é "freio de mão puxado"que limitará o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País.
A previsão dele é que o Brasil cresça até 3% em 2022. "Nós preferimos crescer um pouquinho mais moderado, mas com equilíbrio fiscal. Nós estamos com freio de mão puxado (Selic) e vamos crescer só 2,70%, 3%. Imagina no ano que vem: inflação já caiu, os juros começando a descer, com 900 bilhões de investimentos contratados, novos investimentos contratados em energia eólica", disse o ministro ao participar do evento Perspectivas para a Economia Brasileira, organizado pelo Fórum Empresarial da Bahia, em Salvador.
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica em 13,75%, interrompendo o ciclo de 12 altas seguidas da taxa.
Guedes ainda provocou o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Como o Brasil não vai crescer? Só não cresce se a gente colocar lá um saci-pererê, que só pula com a perninha esquerda", afirmou, arrancando risos da plateia.
O ministro voltou a dizer ainda que o presidente Jair Bolsonaro pretende extinguir o imposto sobre produtos industrializados (IPI), caso se reeleja. "O IPI é imposto desindustrialização em massa", criticou.
Em mais uma fala com tom eleitoral, Guedes acusou a oposição de fazer militância e de tentar boicotar o governo federal. "Nosso governo foi atacado de manhã, de tarde e de noite, três anos e meio. É a crise de abstenção de quem não está no poder, depois de 30 anos no poder", afirmou.
Ao defender que fez mudanças na estrutura da economia brasileira ele disse que este é o primeiro governo a passar por uma eleição com Banco Central independente e negou que Bolsonaro seja populista. "Nosso governo é popular."
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