Grécia, Irlanda e Portugal, o trio já beneficiado por resgates da Europa
Espanha pode ser o quarto país europeu a recorrer aos parceiros continentais em busca de ajuda econômica
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2012 às 15h22.
Bruxelas - Enquanto a Espanha sofre dificuldades econômicas e pretende pedir um resgate financeiro internacional para salvar o setor bancário, o continente europeu já registra um histórico de planos de ajuda à Grécia, Irlanda e Portugal, que tiveram de solicitar empréstimos para sanear todo o conjunto de suas economias - não só os bancos.
Acaba de terminar uma teleconferência realizada neste sábado entre os ministros de Economia e Finanças da zona do euro - que formam o chamado Eurogrupo - para discutir o eventual resgate europeu ao sistema bancário espanhol.
Ao término da reunião, fontes diplomáticas disseram à Agência Efe que o governo de Madri faria a solicitação formal de resgate ainda neste sábado, o que faria da Espanha o quarto país europeu a recorrer aos parceiros continentais em busca de ajuda econômica.
Confira a seguir uma contextualização dos três pedidos de resgate financeiro anteriores:.
GRÉCIA
A zona do euro pôs à disposição da Grécia 30 bilhões de euros a juros inferiores ao do mercado (5%) em abril de 2010, o que conduziu um mês depois a um resgate de 110 bilhões de euros para o período 2010-2012, 30 bilhões dos quais procederiam do Fundo Monetário Internacional (FMI) e 80 bilhões da zona do euro.
A sombra da moratória chegou após anos de uma duvidosa gestão pública, na qual os índices sobre a dívida do país foram maquiados. O resgate quando a União Europeia (UE) confirmou que o nível de endividamento e o déficit estavam dissimulados.
No dia 21 de julho de 2011, os líderes da zona do euro aprovaram um novo resgate para a Grécia no valor de outros 109 bilhões de euros, mais a contribuição voluntária dos bancos, que se situava em quase 50 bilhões de euros.
As condições do segundo resgate foram, no entanto, revisadas diante das dúvidas de alguns parceiros europeus. No dia 27 de outubro, a UE estabeleceu um pacote de 130 bilhões de euros e convenceu os bancos privados a aceitarem perdoar 50% da dívida grega.
IRLANDA
O programa de resgate irlandês foi aprovado pela UE no dia 7 de dezembro de 2010, por um total de 85 bilhões de euros, dos quais 22,5 bilhões procediam do FMI e o restante das contribuições europeias.
A necessidade deste resgate surgiu pela garantia que o governo anterior da Irlanda havia dado aos depósitos nos principais bancos do país, assim como pela recapitalização pública de alguns deles, após a explosão de uma bolha imobiliária ter prejudicado as entidades financeiras.
PORTUGAL
No dia 16 de maio de 2011, foi aprovado um resgate de 78 bilhões de euros para Portugal (52 bilhões de euros fornecidos pela UE e os outros 26 bilhões pelo FMI) durante três anos. Este resgate incluía uma verba de 12 bilhões de euros destinados a enfrentar 'eventuais necessidades de capitalização' dos bancos.
A necessidade de intervenção ocorreu após anos de exagerados gastos públicos e privados (bolha de investimento) no país.
Bruxelas - Enquanto a Espanha sofre dificuldades econômicas e pretende pedir um resgate financeiro internacional para salvar o setor bancário, o continente europeu já registra um histórico de planos de ajuda à Grécia, Irlanda e Portugal, que tiveram de solicitar empréstimos para sanear todo o conjunto de suas economias - não só os bancos.
Acaba de terminar uma teleconferência realizada neste sábado entre os ministros de Economia e Finanças da zona do euro - que formam o chamado Eurogrupo - para discutir o eventual resgate europeu ao sistema bancário espanhol.
Ao término da reunião, fontes diplomáticas disseram à Agência Efe que o governo de Madri faria a solicitação formal de resgate ainda neste sábado, o que faria da Espanha o quarto país europeu a recorrer aos parceiros continentais em busca de ajuda econômica.
Confira a seguir uma contextualização dos três pedidos de resgate financeiro anteriores:.
GRÉCIA
A zona do euro pôs à disposição da Grécia 30 bilhões de euros a juros inferiores ao do mercado (5%) em abril de 2010, o que conduziu um mês depois a um resgate de 110 bilhões de euros para o período 2010-2012, 30 bilhões dos quais procederiam do Fundo Monetário Internacional (FMI) e 80 bilhões da zona do euro.
A sombra da moratória chegou após anos de uma duvidosa gestão pública, na qual os índices sobre a dívida do país foram maquiados. O resgate quando a União Europeia (UE) confirmou que o nível de endividamento e o déficit estavam dissimulados.
No dia 21 de julho de 2011, os líderes da zona do euro aprovaram um novo resgate para a Grécia no valor de outros 109 bilhões de euros, mais a contribuição voluntária dos bancos, que se situava em quase 50 bilhões de euros.
As condições do segundo resgate foram, no entanto, revisadas diante das dúvidas de alguns parceiros europeus. No dia 27 de outubro, a UE estabeleceu um pacote de 130 bilhões de euros e convenceu os bancos privados a aceitarem perdoar 50% da dívida grega.
IRLANDA
O programa de resgate irlandês foi aprovado pela UE no dia 7 de dezembro de 2010, por um total de 85 bilhões de euros, dos quais 22,5 bilhões procediam do FMI e o restante das contribuições europeias.
A necessidade deste resgate surgiu pela garantia que o governo anterior da Irlanda havia dado aos depósitos nos principais bancos do país, assim como pela recapitalização pública de alguns deles, após a explosão de uma bolha imobiliária ter prejudicado as entidades financeiras.
PORTUGAL
No dia 16 de maio de 2011, foi aprovado um resgate de 78 bilhões de euros para Portugal (52 bilhões de euros fornecidos pela UE e os outros 26 bilhões pelo FMI) durante três anos. Este resgate incluía uma verba de 12 bilhões de euros destinados a enfrentar 'eventuais necessidades de capitalização' dos bancos.
A necessidade de intervenção ocorreu após anos de exagerados gastos públicos e privados (bolha de investimento) no país.