Governo gaúcho e BNDES dão primeiro passo para vender estatal de energia
Em julho, assembleia gaúcha autorizou governo a privatizar a CEEE, a Sulgás e a Companhia Riograndense de Mineração
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de agosto de 2019 às 11h54.
Última atualização em 16 de agosto de 2019 às 11h56.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), Gustavo Montezano, disse que o banco vai assinar nesta sexta-feira, 16, com o governo gaúcho o estudo de modelagem para a venda da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE).
Segundo ele, o processo de privatização deve levar de 12 a 24 meses. O BNDES também avançará com a modelagem da concessão de rodovias que cortam o Rio Grande do Sul, disse o presidente do banco.
Em julho, Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou três projetos de lei que autorizam o governo a privatizar três empresas: a CEEE, a Sulgás e a Companhia Riograndense de Mineração (CRM). O valor de mercado da companhia elétrica não foi revelado.
Na entrevista, Montezano destacou o papel do banco de fomento ao micro e pequeno empreendedor, ao contrário da estratégia anterior de incentivar grandes empresas, as que eram chamadas de "grandes campeãs nacionais" nos governos do PT, o que ele considera ter sido um "vertiginoso fracasso, uma transferência de renda do trabalhador para grandes empresários".
O presidente do BNDES citou novas linhas para agricultores e caminhoneiros, que, segundo ele, devem começar na semana que vem no novo formato, que já está aprovado.
Ele explicou que é uma linha para manutenção do veículo, de até R$ 100 mil por caminhoneiro em sete anos e dois anos de carência. "Não é só a taxa que é importante, mas prazo também", enfatizou.