Economia

Governo envia ao Congresso indicação de Galípolo e projetos para aumentar alíquotas da CSLL e da JCP

Textos foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 30

Brasilia - DF - Distrito Federal - Palacio do Congresso Nacional

Foto: Leandro Fonseca
data: 27/08/2024 (Leandro Fonseca/Exame)

Brasilia - DF - Distrito Federal - Palacio do Congresso Nacional Foto: Leandro Fonseca data: 27/08/2024 (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 30 de agosto de 2024 às 09h50.

Última atualização em 30 de agosto de 2024 às 09h52.

O governo publicou nesta sexta-feira, 30, a indicação de Gabriel Galípolo para presidente do Banco Central (BC) no Diário Oficial da União (DOU). O documento oficialização o anúncio realizado na última quarta-feira, 28.

O atual diretor de Política Monetária da autarquia financeira foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suceder Roberto Campos Neto, que deixa o cargo no final deste ano.

Antes de assumir a posição, Galípolo deve ser sabatinado no plenário do Senado nas próximas semanas, mas a data para ele comparecer a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) ainda não foi definida.

Aumento de alíquotas da CSLL e da JCP

A União enviou ao Congresso Nacional um projeto de Lei para alterar tanto a Lei nº 9.249 a respeito da alíquota do imposto sobre a renda retido na fonte incidente sobre os juros sobre capital próprio (JCP), quanto a Lei nº 7.689, para aumentar a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

O texto ainda não foi divulgado, mas conforme o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a medida vai compensar a renúncia fiscal com a desoneração da folha de pagamentos. A proposta estava em discussão no Senado, mas foi excluída após reação negativa dos parlamentares. É esperado um aumento generalizado de 1% na alíquota da CSLL e de 15% para 20% do IR sobre JCP.

A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é um imposto federal pago pelas empresas que operam no Brasil. Atualmente, as alíquotas são:

  • 9% como regra geral;
  • 15% no caso de pessoas jurídicas de seguros privados e de capitalização;
  • 20% no caso de bancos de qualquer espécie e agências de fomento.

Juros sobre Capital Próprio (JCP) é uma das formas das empresas remunerarem seus acionistas, além dos dividendos e costuma ter vantagens tributárias para as corporações e seus investidores.

Atualmente, os JCP estão sujeitos à tributação.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralGabriel GalípoloImpostos

Mais de Economia

Reforma tributária: Exame lança vídeocast sobre efeitos da regulamentação para empresa e consumidor

Dario Durigan nega desidratação de pacote fiscal e diz que Congresso fará ‘ajustes conceituais’

Advogado, médico, motoristas de aplicativo: como a reforma tributária muda o imposto para autônomos