Governo elevará mistura de etanol na gasolina em 1o de maio
O governo previa inicialmente aumentar a mistura no início de junho
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2013 às 18h27.
Brasília - O governo elevará a mistura de etanol na gasolina dos atuais 20 para 25 por cento a partir de 1o de maio, com o objetivo de atenuar o reajuste do preço do combustível fóssil aos consumidores, disse nesta quarta-feira o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
"Imaginava-se a hipótese de aumento a partir de junho e agora estamos antecipando a vigência", disse ele em entrevista a jornalistas.
O anúncio foi feito um dia após a Petrobras divulgar o reajuste do preço da gasolina, de 6,6 por cento, e do diesel, de 5,4 por cento, que passou a valer nesta quarta-feira nas refinarias.
Além de amenizar o impacto do reajuste da gasolina ao consumidor, já que o etanol anidro é mais barato do que o combustível fóssil, o aumento do percentual deverá reduzir a necessidade de importação de gasolina pela Petrobras, um fator que tem pesado nos resultados da estatal.
Por vender no mercado interno gasolina e diesel a um preço inferior ao valor de compra no exterior, a área de Abastecimento da Petrobras tem trabalhado com prejuízos crescentes em função do aumento das importações de derivados de petróleo.
Com a elevação a partir de 1o de maio, a mistura de etanol na gasolina volta ao patamar em que estava no fim de 2011. Naquele ano, o governo reduziu a fatia de álcool no combustível devido a escassez do biocombustível em função da queda na safra de cana.
Na próxima temporada, espera-se um crescimento expressivo da produção de cana no país e consequente aumento da produção de etanol.
A decisão do governo de elevar o percentual de etanol à gasolina foi tomada após conversa com os produtores de álcool, que informaram às autoridades que a próxima safra de cana será maior que a atual, com o volume de etanol passando de 22 bilhões para entre 26 bilhões e 27 bilhões de litros.
"O setor nos garantiu de mãos juntas que dará conta, se não desse, teríamos que ampliar o prazo para junho e não antecipar para maio, e estamos antecipando para maio", comentou.
Lobão disse ainda que o setor fez investimentos nos últimos anos que resultaram na capacidade de expansão da oferta de etanol.
"Prometemos uma linha do BNDES de 4 bilhões de reais para renovação dos canaviais. O setor sacou 2,7 bilhões de reais e investiu ao todo 7,5 bilhões de reais, ou seja, investiram recursos próprios e isso está nos ajudando a chegar na situação de agora." O ministro comentou ainda que o governo estuda incentivos para os produtores de etanol, mas não deu mais detalhes se esses benefícios contemplam a redução de tributos e quando as medidas serão apresentadas.
"Estamos estudando uma série de medidas para estimular o setor de etanol e estudando estamos permanentemente", informou.
A indústria quer desoneração do PIS/COFINS na distribuição do etanol.
FISCALIZAÇÃO
Lobão disse que o governo irá fiscalizar eventuais abusos nos preços dos combustíveis ao consumidor, após o reajuste nas refinarias.
"O governo concedeu aumento, que é de 6,6 por cento, e vai fiscalizar rigorosamente através da Agência Nacional de Petróleo (ANP)... O mercado é livre, mas não deve exceder o limite do razoável", advertiu.
Brasília - O governo elevará a mistura de etanol na gasolina dos atuais 20 para 25 por cento a partir de 1o de maio, com o objetivo de atenuar o reajuste do preço do combustível fóssil aos consumidores, disse nesta quarta-feira o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
"Imaginava-se a hipótese de aumento a partir de junho e agora estamos antecipando a vigência", disse ele em entrevista a jornalistas.
O anúncio foi feito um dia após a Petrobras divulgar o reajuste do preço da gasolina, de 6,6 por cento, e do diesel, de 5,4 por cento, que passou a valer nesta quarta-feira nas refinarias.
Além de amenizar o impacto do reajuste da gasolina ao consumidor, já que o etanol anidro é mais barato do que o combustível fóssil, o aumento do percentual deverá reduzir a necessidade de importação de gasolina pela Petrobras, um fator que tem pesado nos resultados da estatal.
Por vender no mercado interno gasolina e diesel a um preço inferior ao valor de compra no exterior, a área de Abastecimento da Petrobras tem trabalhado com prejuízos crescentes em função do aumento das importações de derivados de petróleo.
Com a elevação a partir de 1o de maio, a mistura de etanol na gasolina volta ao patamar em que estava no fim de 2011. Naquele ano, o governo reduziu a fatia de álcool no combustível devido a escassez do biocombustível em função da queda na safra de cana.
Na próxima temporada, espera-se um crescimento expressivo da produção de cana no país e consequente aumento da produção de etanol.
A decisão do governo de elevar o percentual de etanol à gasolina foi tomada após conversa com os produtores de álcool, que informaram às autoridades que a próxima safra de cana será maior que a atual, com o volume de etanol passando de 22 bilhões para entre 26 bilhões e 27 bilhões de litros.
"O setor nos garantiu de mãos juntas que dará conta, se não desse, teríamos que ampliar o prazo para junho e não antecipar para maio, e estamos antecipando para maio", comentou.
Lobão disse ainda que o setor fez investimentos nos últimos anos que resultaram na capacidade de expansão da oferta de etanol.
"Prometemos uma linha do BNDES de 4 bilhões de reais para renovação dos canaviais. O setor sacou 2,7 bilhões de reais e investiu ao todo 7,5 bilhões de reais, ou seja, investiram recursos próprios e isso está nos ajudando a chegar na situação de agora." O ministro comentou ainda que o governo estuda incentivos para os produtores de etanol, mas não deu mais detalhes se esses benefícios contemplam a redução de tributos e quando as medidas serão apresentadas.
"Estamos estudando uma série de medidas para estimular o setor de etanol e estudando estamos permanentemente", informou.
A indústria quer desoneração do PIS/COFINS na distribuição do etanol.
FISCALIZAÇÃO
Lobão disse que o governo irá fiscalizar eventuais abusos nos preços dos combustíveis ao consumidor, após o reajuste nas refinarias.
"O governo concedeu aumento, que é de 6,6 por cento, e vai fiscalizar rigorosamente através da Agência Nacional de Petróleo (ANP)... O mercado é livre, mas não deve exceder o limite do razoável", advertiu.