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Goldman Sachs corta projeção de PIB do Brasil em 2020 de -3,4% para -7,4%

Relatório do banco americano alerta para os crescentes riscos políticos e fiscais que agravam a recessão no país causada pela pandemia do coronavírus

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Goldman Sachs: Banco espera que as medidas de isolamento só começarão a serem removidas parcialmente na América Latina entre os meses de junho e julho (Brendan McDermid/Reuters)

Goldman Sachs: Banco espera que as medidas de isolamento só começarão a serem removidas parcialmente na América Latina entre os meses de junho e julho (Brendan McDermid/Reuters)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de maio de 2020 às, 17h28.

Última atualização em 19 de maio de 2020 às, 20h58.

Goldman Sachs revisou a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020 e espera contração de 7,4% este ano. A estimativa anterior era de queda de 3,4%. Os crescentes riscos políticos e fiscais agravam a recessão no país causada pela pandemia do coronavírus, alerta relatório do banco americano nesta terça-feira. Para 2021, a estimativa é de crescimento de 4% do PIB brasileiro.

Goldman ressalta logo no início do relatório que o Brasil se transformou nas últimas semanas em um dos epicentros globais de novas infecções do coronavírus, que já está levando as medidas de distanciamento social a se manterem por tempo maior que o inicialmente esperado e ainda a serem intensificadas em algumas partes. "Neste estágio, não está claro quando a curva do coronavírus vai atingir seu pico."

O banco espera que as medidas de isolamento só começarão a serem removidas parcialmente no Brasil e em outros países da América Latina entre os meses de junho e julho, o que contribui para agravar ainda mais o cenário econômico. Para o México, o Goldman espera contração de 8,5% no PIB este ano, mesmo porcentual projetado para a Argentina.

Para as maiores economias da região, recuperar os estragos causados pela pandemia na atividade neste primeiro semestre pode demorar mais de 10 trimestres, estima o Goldman. O PIB do Brasil deve encolher 14,2% no primeiro semestre, para se recuperar 7,7% no segundo.

No Brasil, além da crise do coronavírus, o Goldman observa que há o aumento dos ruídos políticos e dos riscos fiscais, que contribuem para agravar ainda mais o quadro recessivo.

Nos indicadores fiscais, o banco americano projeta déficit primário acima de 11% do PIB este ano e a relação dívida/PIB batendo em 92% em dezembro. O déficit fiscal deve bater em 15% do PIB, nível recorde. "No geral, esperamos que a incerteza política e econômica permaneça alta, o que provavelmente aumentará o ônus econômico e social da pandemia e prejudicará a recuperação da atividade."

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