Economia

Galvão Engenharia entra na disputa pela PPP da Tamoios

A empresa deve disputar o projeto com pelo menos mais um interessado conhecido


	Tamoios: trinta empresas demonstraram interesse no projeto
 (Cacobianchi/Wikimedia Commons)

Tamoios: trinta empresas demonstraram interesse no projeto (Cacobianchi/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 19h57.

São Paulo - O Grupo Galvão Engenharia vai disputar a Parceria Público Privada (PPP) da Nova Tamoios, cujas propostas deverão ser entregues nesta quarta-feira, 18. A empresa confirmou a informação, mas não disse se participará da concorrência sozinha ou em consórcio.

Ela deve disputar o projeto com pelo menos mais um interessado conhecido: o consórcio formado por EcoRodovias, Odebrecht TransPort e Serveng.

Entre as candidatas a também apresentar propostas estão Arteris, CCR, Invepar e Triunfo, que confirmaram estar estudando o projeto.

Ao Credit Suisse, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) sinalizou, meses atrás, que esperava a participação de, pelo menos, quatro grupos na concorrência, segundo informou a instituição em relatório.

Trinta empresas demonstraram interesse no projeto e fizeram visitas técnicas na rodovia, incluindo algumas que normalmente não participam de concessões, mas prestam serviços às concessionárias.

As propostas dos interessados que serão entregues à Artesp devem conter documentos de garantia de proposta, habilitação, metodologia de execução, proposta comercial e plano de negócios.

Vence a disputa quem exigir a menor contraprestação anual do governo paulista. O valor máximo é de R$ 156,8 milhões.

Os valores propostos pelos interessados não serão conhecidos hoje. Na sessão pública, serão abertos apenas os envelopes com as garantias da proposta.

A PPP da Tamoios prevê a implantação de três praças de pedágio, sendo duas no trecho de planalto (km 15,7 e km 56,6) e uma no Contorno de Caraguatatuba.

O valor da tarifa quilométrica de pista simples está estipulado em R$ 0,077. Já os trechos de pista dupla foram fixados em R$ 0,108 por quilômetro.

Só haverá cobrança a partir do segundo ano de contrato, condicionada à conclusão de 6% das obras de duplicação do trecho de serra e de serviços como restauração da sinalização.

A obra contempla 12,6 quilômetros de túneis e 2,5 quilômetros de viadutos. Serão cinco túneis, sendo o mais extenso com 3.675 metros - o maior do País.

A obra da Tamoios, que liga o Vale do Paraíba ao litoral Norte paulista, é de tal complexidade que vem sendo comparada à pista descendente da Rodovia dos Imigrantes, administrada pela EcoRodovias.

Os investimentos somente na duplicação do trecho de serra da Tamoios somam R$ 2,9 bilhões. Outro R$ 1 bilhão será aplicado ao longo dos 30 anos do contrato de concessão.

A concessão contempla um aporte de recursos por parte do Estado de R$ 2,1 bilhões nos primeiros cinco anos.

Por isso a concessionária deve ser responsável pelos R$ 800 milhões restantes. Como o BNDES deve financiar entre 60% e 70% desse valor, o capital próprio exigido ficará entre R$ 240 milhões e R$ 320 milhões, estimou o Credit Suisse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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