Exame Logo

Fundo do FGTS rendeu 8,2% em 2013

Resultado de rentabilidade foi um ponto percentual acima do verificado no ano anterior

Notas de 50 reais: dinheiro não sai das contas individuais dos trabalhadores, mas sim do superávit financeiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FGTS (Marcos Santos/usp imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2014 às 21h48.

Brasília - O FI-FGTS conseguiu no ano passado rentabilidade recorde de 8,22%, um ponto porcentual acima da verificada em 2012, segundo demonstrações financeiras publicadas nesta quarta-feira, 21.

Esse retorno expressivo - acima dos 6% mais Taxa Referencial (TR) que a Caixa Econômica Federal, administradora do fundo de investimento é obrigada a perseguir - só foi possível graças a cláusulas contratuais que garantiram ao banco condições privilegiadas na recuperação judicial da Rede Energia, na qual o FI-FGTS detinha 25%.

O dinheiro do fundo de investimento não sai das contas individuais dos trabalhadores, mas sim do superávit financeiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

A participação da Caixa e, consequentemente, do trabalhador quase virou pó quando, no ano passado, a Rede Energia, com uma dívida de cerca de R$ 10 bilhões, incluindo impostos e contribuições em atraso, quebrou no primeiro trimestre.

No início de julho, a Rede Energia foi vendida para a Energisa, holding que controla cinco distribuidoras de energia, responsável pela distribuição de eletricidade para cerca de 2,6 milhões de consumidores em 352 cidades.

Em janeiro deste ano, a Aneel deu o último aval para a transferência do controle acionário do Grupo Rede para a Energisa.

A receber

Com a operação, o FI-FGTS transformou por uma regra contratual a participação que detinha na empresa em uma dívida de R$ 720,6 milhões a receber.

No balanço de 2012, pela situação complicada da empresa, a Caixa estimou em R$ 275,4 milhões o crédito com a Energisa, uma conta conservadora que refletia o valor do ativo antes do exercício da opção da venda.

A diferença de R$ 445,2 milhões foi incorporada ao balanço deste ano, o que impactou a rentabilidade.

"Conseguiríamos atingir o 'benchmark' (índice de referência) - 6% ao ano mais TR - mas essa operação foi essencial", disse ao Estado uma fonte envolvida na contabilidade do fundo.

A aprovação da recuperação judicial e o sinal verde dos órgãos de controle para a transferência do controle do Grupo Rede pela Energisa ratifica a visão do fundo de que vai receber, em parcelas, o crédito.

O FI-FGTS foi criado em 2008 para ajudar o governo a ampliar os investimentos em rodovias, ferrovias, energia elétrica e saneamento básica. Depois foi incluída a opção de aportes em aeroportos, o que ainda não foi feito.

O fundo tinha o objetivo também de melhorar a rentabilidade dos recursos dos trabalhadores - 3% ao ano mais TR.

Veja também

Brasília - O FI-FGTS conseguiu no ano passado rentabilidade recorde de 8,22%, um ponto porcentual acima da verificada em 2012, segundo demonstrações financeiras publicadas nesta quarta-feira, 21.

Esse retorno expressivo - acima dos 6% mais Taxa Referencial (TR) que a Caixa Econômica Federal, administradora do fundo de investimento é obrigada a perseguir - só foi possível graças a cláusulas contratuais que garantiram ao banco condições privilegiadas na recuperação judicial da Rede Energia, na qual o FI-FGTS detinha 25%.

O dinheiro do fundo de investimento não sai das contas individuais dos trabalhadores, mas sim do superávit financeiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

A participação da Caixa e, consequentemente, do trabalhador quase virou pó quando, no ano passado, a Rede Energia, com uma dívida de cerca de R$ 10 bilhões, incluindo impostos e contribuições em atraso, quebrou no primeiro trimestre.

No início de julho, a Rede Energia foi vendida para a Energisa, holding que controla cinco distribuidoras de energia, responsável pela distribuição de eletricidade para cerca de 2,6 milhões de consumidores em 352 cidades.

Em janeiro deste ano, a Aneel deu o último aval para a transferência do controle acionário do Grupo Rede para a Energisa.

A receber

Com a operação, o FI-FGTS transformou por uma regra contratual a participação que detinha na empresa em uma dívida de R$ 720,6 milhões a receber.

No balanço de 2012, pela situação complicada da empresa, a Caixa estimou em R$ 275,4 milhões o crédito com a Energisa, uma conta conservadora que refletia o valor do ativo antes do exercício da opção da venda.

A diferença de R$ 445,2 milhões foi incorporada ao balanço deste ano, o que impactou a rentabilidade.

"Conseguiríamos atingir o 'benchmark' (índice de referência) - 6% ao ano mais TR - mas essa operação foi essencial", disse ao Estado uma fonte envolvida na contabilidade do fundo.

A aprovação da recuperação judicial e o sinal verde dos órgãos de controle para a transferência do controle do Grupo Rede pela Energisa ratifica a visão do fundo de que vai receber, em parcelas, o crédito.

O FI-FGTS foi criado em 2008 para ajudar o governo a ampliar os investimentos em rodovias, ferrovias, energia elétrica e saneamento básica. Depois foi incluída a opção de aportes em aeroportos, o que ainda não foi feito.

O fundo tinha o objetivo também de melhorar a rentabilidade dos recursos dos trabalhadores - 3% ao ano mais TR.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasFGTSFundos de investimentoMercado financeirorenda-pessoal

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame