FMI: Para o Brasil, a estimativa do Fundo é que a economia brasileira vai crescer 1,2% neste ano (Yuri Gripas/Reuters)
Agência O Globo
Publicado em 31 de janeiro de 2023 às 08h30.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta terça-feira suas projeções para a economia global e vê 2023 como um “ponto de inflexão” ao elevar sua perspectiva de crescimento pela primeira vez em um ano, com gastos resilientes dos Estados Unidos e a reabertura da China reforçando a demanda contra uma série de riscos.
De acordo com o Fundo, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 2,9% este ano, 0,2 ponto percentual a mais do que os 2,7% previsto na edição de outubro de seu relatório trimestral de monitoramento da economia global, o World Economic Outlook. Embora seja uma desaceleração em relação à expansão de 3,4% em 2022, o FMI disse que espera que o crescimento chegue ao fundo do poço este ano antes de acelerar para 3,1% em 2024.
Para o Brasil, a estimativa do Fundo é que a economia brasileira vai crescer 1,2% neste ano, um aumento de 0,2 ponto percentual em relação à edição de outubro do relatório, quando o órgão previu um crescimento de apenas 1% em 2023.
Para 2024, a projeção é de crescimento de 1,5%, uma diminuição de 0,4 ponto contra sua projeção anterior. O FMI melhorou sua estimativa para 2022, com uma expansão de 3,1% do PIB brasileiro. No relatório de outubro, a previsão era de crescimento de 2,8%.
Os aumentos das taxas de juros dos bancos centrais e a invasão da Ucrânia pela Rússia continuarão a pesar sobre a atividade econômica este ano em meio a uma prolongada crise de inflação, disse a instituição com sede em Washington.
Inflação global menor em 2023
Embora as pequenas atualizações não sejam motivo de comemoração, as últimas mensagens do FMI sinalizam uma mudança de tom, já que as principais autoridades do Fundo passaram grande parte do ano passado alertando sobre os riscos de uma recessão generalizada.
O Fundo vê a inflação mundial desacelerando para 6,6% este ano, 0,1 ponto percentual acima da projeção de outubro, mas abaixo dos 8,8% em 2022. Em 2024, o órgão prevê uma nova desaceleração para 4,3%.