Venezuela tem maior a inflação do mundo em 2015, segundo FMI
Venezuela: o país fechará 2015 com inflação de 160%
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 06h55.
Washington - A Venezuela fechará 2015 "com a maior inflação do mundo", em torno de 160%, algo que está por trás da "grande vontade de mudança" registrada nas recentes eleições legislativas, afirmou nesta quarta-feira Alejandro Werner, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI) .
"Na Venezuela, o que estamos vendo é uma situação social na qual os problemas econômicos estão levando a uma grande vontade de mudança", explicou Werner em uma entrevista exclusiva à Agência Efe na sede do FMI em Washington, em referência à vitória da oposição nas eleições legislativas do último domingo.
O diretor ressaltou que a base de dados do FMI sobre as projeções mundiais "apontam que a Venezuela teve a maior inflação do mundo em 2015, com ao redor de 160%".
"Uma inflação de três dígitos, perto de níveis hiperinflacionários, distorce quase todas as decisões econômicas, gera escassez e uma situação de descontrole econômico", afirmou Werner ao descrever o panorama atual no país sul-americano.
As últimas previsões da entidade para a Venezuela são de uma contração econômica de 10% ao término de 2015.
"Os indicadores são: déficit fiscal de dois dígitos, a inflação mais alta do mundo, desabastecimento de produtos básicos, escassez de divisas extrema, desconexão total com a economia internacional. Claramente é um momento no qual são necessárias grande mudanças para restabelecer certa normalidade", ressaltou.
No entanto, ele disse que a Venezuela "pode sair por si só" da crise, sem ter de recorrer a ajuda internacional, já que não acumula uma "grande dívida" e seus problemas se derivam de "uma situação interna de excesso de despesas financiadas por emissão primária (banco central)", à qual se acrescentou a abrupta queda do preço do petróleo.
"Um bom projeto de políticas contribuirá para restabelecer a ordem. Não estamos vendo uma crise de financiamento em uma economia que teve acesso aos mercados e acumulou passivos que hoje vencem e procura novos credores", salientou Werner, lembrando que o FMI não tem relações com o governo venezuelano há anos.
O país sul-americano, com o presidente Hugo Chávez à frente do governo, ordenou em 2007 a retirada da Venezuela do FMI e do Banco Mundial (BM).
Na Venezuela existe um sistema de controle de mudanças desde 2003 que impede o livre acesso às divisas e obriga particulares e empresas a canalizarem seus pedidos através de vários mecanismos.
Este controle cambial abriu caminho para um mercado paralelo, no qual o preço do dólar quintuplica a taxa de câmbio oficial, um dos fatores que está por trás da elevada inflação que afeta o país, segundo analistas políticos e financeiros.
Washington - A Venezuela fechará 2015 "com a maior inflação do mundo", em torno de 160%, algo que está por trás da "grande vontade de mudança" registrada nas recentes eleições legislativas, afirmou nesta quarta-feira Alejandro Werner, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI) .
"Na Venezuela, o que estamos vendo é uma situação social na qual os problemas econômicos estão levando a uma grande vontade de mudança", explicou Werner em uma entrevista exclusiva à Agência Efe na sede do FMI em Washington, em referência à vitória da oposição nas eleições legislativas do último domingo.
O diretor ressaltou que a base de dados do FMI sobre as projeções mundiais "apontam que a Venezuela teve a maior inflação do mundo em 2015, com ao redor de 160%".
"Uma inflação de três dígitos, perto de níveis hiperinflacionários, distorce quase todas as decisões econômicas, gera escassez e uma situação de descontrole econômico", afirmou Werner ao descrever o panorama atual no país sul-americano.
As últimas previsões da entidade para a Venezuela são de uma contração econômica de 10% ao término de 2015.
"Os indicadores são: déficit fiscal de dois dígitos, a inflação mais alta do mundo, desabastecimento de produtos básicos, escassez de divisas extrema, desconexão total com a economia internacional. Claramente é um momento no qual são necessárias grande mudanças para restabelecer certa normalidade", ressaltou.
No entanto, ele disse que a Venezuela "pode sair por si só" da crise, sem ter de recorrer a ajuda internacional, já que não acumula uma "grande dívida" e seus problemas se derivam de "uma situação interna de excesso de despesas financiadas por emissão primária (banco central)", à qual se acrescentou a abrupta queda do preço do petróleo.
"Um bom projeto de políticas contribuirá para restabelecer a ordem. Não estamos vendo uma crise de financiamento em uma economia que teve acesso aos mercados e acumulou passivos que hoje vencem e procura novos credores", salientou Werner, lembrando que o FMI não tem relações com o governo venezuelano há anos.
O país sul-americano, com o presidente Hugo Chávez à frente do governo, ordenou em 2007 a retirada da Venezuela do FMI e do Banco Mundial (BM).
Na Venezuela existe um sistema de controle de mudanças desde 2003 que impede o livre acesso às divisas e obriga particulares e empresas a canalizarem seus pedidos através de vários mecanismos.
Este controle cambial abriu caminho para um mercado paralelo, no qual o preço do dólar quintuplica a taxa de câmbio oficial, um dos fatores que está por trás da elevada inflação que afeta o país, segundo analistas políticos e financeiros.