Economia

Fipe reduz projeção para IPC no fechamento de agosto

A estimativa para a inflação no encerramento de agosto passou de 0,30% para 0,28%


	Alimentos: segundo coordenador do IPC, o que surpreendeu no resultado deste mês foi o grupo de Alimentação, que não subiu como o esperado
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Alimentos: segundo coordenador do IPC, o que surpreendeu no resultado deste mês foi o grupo de Alimentação, que não subiu como o esperado (.)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 13h36.

São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Rafael Costa Lima, informou nesta terça-feira, 27, ter reduzido sua estimativa para a inflação no encerramento de agosto, de 0,30% para 0,28%. A mudança foi feita após o IPC da terceira quadrissemana do mês, de 0,23%, ter ficado abaixo da sua previsão de 0,27%.

"O que surpreendeu foi Alimentação, que não subiu como o esperado", explicou o coordenador, em entrevista ao Broadcast, serviço de informações on line da Agência Estado. O IPC também ficou no piso da pesquisa AE Projeções, cujo intervalo ia de 0,23% a 0,32% (mediana de 0,27%).

O grupo Alimentação teve alta de 0,28%, praticamente repetindo a variação da quadrissemana anterior, de 0,27%. A expectativa do coordenador para esta classe de despesa era de 0,58%. "Houve um grande salto da primeira para a segunda quadrissemana e achávamos que isso poderia se repetir agora", justificou.

Em 12 meses até julho, o IPC acumula alta de 4,92%. Se confirmada a estimativa de 0,28% para agosto, esta conta irá para 4,93% ou 4,94%, segundo Costa Lima. Em 2013 até agosto, o IPC, que até julho está em 1,76%, iria para 2,04% caso feche o mês em 0,28%. Em agosto de 2012, o IPC foi de 0,27%.

Com isso, a taxa acumulada do ano mostraria ainda grande folga ante a previsão do coordenador, de 4,80% no final de 2013. "Vamos entrar num período do ano de sazonalidade desfavorável, mas, ainda assim, e mesmo com o câmbio pressionado e um possível choque de oferta de alimentação, dificilmente essa projeção será revisada", disse o coordenador.

Se for, segundo ele, seria para baixo, caso alimentação siga num ritmo moderado. Nem um provável reajuste de preços administrados, via combustíveis, deve provocar mudança, pois Costa Lima não acredita que seria muito expressivo. "O governo está muito preocupado com a inflação."

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