Indústria: para 2014, previsão da Fiesp é de queda de 5,4% na atividade da indústria paulista (Andrey Rudakov/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 15h10.
São Paulo - O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista subiu 0,3% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira, 2, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Na mesma base de comparação, só que na série sem ajuste sazonal, o indicador teve alta de 1,8%. Na comparação com outubro de 2013, porém, o INA caiu 5,1%.
Já no acumulado deste ano até outubro, o INA sem ajuste sazonal registrou recuo de 6,1% em relação a igual período do ano passado, enquanto, no acumulado em 12 meses, o indicador teve queda de 5,7%.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), por sua vez, ficou em 79,2 em outubro, de 79,4 em setembro, na série com ajuste, o que representa queda de 0,2%. Na série sem ajuste, em 80,7, ante 80,6.
Em nota de divulgação, o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, afirma que o resultado de outubro reitera que 2014 tem sido "um ano péssimo para a indústria".
"A indústria de transformação está em crise e tomara que 2014 termine logo. Vamos para 2015 carregando uma esperança baseada no que não sabemos ainda", afirma em nota enviada à imprensa.
De acordo com Francini, a fala se refere ao novo cenário político econômico que se configura a partir de janeiro de 2015, com a equipe econômica, encabeçada por Joaquim Levy, no Ministério da Fazenda; Nelson Barbosa, no Planejamento, e Alexandre Tombini, que segue no cargo de presidente do Banco Central.
Para 2014, a previsão da entidade é de queda de 5,4% na atividade da indústria paulista.
Revisões
A Fiesp revisou dados do INA de setembro. Na série com ajuste sazonal, em vez de alta de 0,1% na passagem de agosto para setembro, como divulgado anteriormente, o INA teve queda de 0,3% no período. Já na série sem ajuste sazonal, a Fiesp revisou o resultado de uma alta de 1,2% para uma elevação de apenas 0,1%.