FGV prevê alta dos serviços pelos próximos 2 meses
O IPC-S acelerou para 0,63% na primeira quadrissemana de dezembro, na comparação com o 0,45% verificado na quarta quadrissemana de novembro
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2012 às 12h05.
São Paulo - A inflação no setor de serviços deve continuar em aceleração pelos próximos dois meses, disse nesta segunda-feira o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, em entrevista à Agência Estado. "Janeiro tem o efeito da alta das mensalidades escolares e geralmente o reajuste vem acima da inflação acumulada em 12 meses", afirmou. "De acordo com informações preliminares, não vai ser diferente desta vez. A perspectiva é de que nos próximos dois meses o setor de serviços fique em aceleração."
Apesar disso, Picchetti não reviu a projeção do IPC-S para dezembro (0,50%) e para o fechamento de 2012 (5,5%). "Mas não seria surpresa se viesse acima desses valores", afirmou.
Picchetti disse que a alta no setor de serviços pode ser mais expressiva do que no ano passado. O setor registrou avanço de 1,19% na primeira quadrissemana de dezembro - primeira vez acima de 1% desde a terceira quadrissemana de abril. "Existe uma alta sazonal nesta época do ano, mas na primeira quadrissemana de dezembro de 2011 a inflação estava em 0,87%", disse Picchetti. "Ou seja, vamos entrar em janeiro, que é um mês de tendência de alta, já em um nível mais elevado de inflação do que no ano passado."
O IPC-S acelerou para 0,63% na primeira quadrissemana de dezembro, na comparação com o 0,45% verificado na quarta quadrissemana de novembro. O item passagem aérea ficou entre as maiores influências positivas do IPC-S, passando de 11,30% para 22,01% no período. Picchetti explicou a alta citando duas variáveis: uma mudança de estrutura do mercado (o fim das operações da Webjet, incorporada pela Gol) e um aumento sazonal de preços no fim de ano em razão das viagens de férias. "São duas forças na mesma direção", disse.
Também compõe a lista dos itens com maior influência positiva no IPC-S a tarifa de eletricidade residencial, que passou de 2,10% na quarta quadrissemana de novembro para 2,76% na primeira quadrissemana de dezembro. "Houve aumento de energia elétrica em duas capitais, no Rio e no Recife, mas pesou principalmente a alta no Rio", disse Picchetti.
O economista também chamou a atenção para o item hortaliças e legumes (de -9,43% para -4,51%). Embora tenha registrado variação ainda negativa, a queda foi muito menor e, segundo Picchetti, o impacto no índice foi positivo. "O índice geral passou de 0,45% para 0,63%. A variação, portanto, foi de 0,18 ponto porcentual. Um terço dessa alta (0,06 ponto porcentual) é atribuída a hortaliças e legumes." O coordenador do IPC-S também destacou o comportamento do tomate (de -26,15% para -12,67%).
Como Picchetti havia dito na semana passada, o cigarro pressionou a inflação, passando de 0,60% na quarta quadrissemana de novembro para 1,29% na primeira quadrissemana de dezembro, por causa do reajuste no preço de algumas marcas. "O aumento foi dado e está entrando no índice aos poucos, mas tende a sair depois de quatro semanas."
Questionado se os comercializáveis, que passaram de 0,29% para 0,37% no período, sofreram com a alta do câmbio, ele disse que é difícil dissociar o efeito do câmbio entre outras variáveis dentro do grupo.
São Paulo - A inflação no setor de serviços deve continuar em aceleração pelos próximos dois meses, disse nesta segunda-feira o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, em entrevista à Agência Estado. "Janeiro tem o efeito da alta das mensalidades escolares e geralmente o reajuste vem acima da inflação acumulada em 12 meses", afirmou. "De acordo com informações preliminares, não vai ser diferente desta vez. A perspectiva é de que nos próximos dois meses o setor de serviços fique em aceleração."
Apesar disso, Picchetti não reviu a projeção do IPC-S para dezembro (0,50%) e para o fechamento de 2012 (5,5%). "Mas não seria surpresa se viesse acima desses valores", afirmou.
Picchetti disse que a alta no setor de serviços pode ser mais expressiva do que no ano passado. O setor registrou avanço de 1,19% na primeira quadrissemana de dezembro - primeira vez acima de 1% desde a terceira quadrissemana de abril. "Existe uma alta sazonal nesta época do ano, mas na primeira quadrissemana de dezembro de 2011 a inflação estava em 0,87%", disse Picchetti. "Ou seja, vamos entrar em janeiro, que é um mês de tendência de alta, já em um nível mais elevado de inflação do que no ano passado."
O IPC-S acelerou para 0,63% na primeira quadrissemana de dezembro, na comparação com o 0,45% verificado na quarta quadrissemana de novembro. O item passagem aérea ficou entre as maiores influências positivas do IPC-S, passando de 11,30% para 22,01% no período. Picchetti explicou a alta citando duas variáveis: uma mudança de estrutura do mercado (o fim das operações da Webjet, incorporada pela Gol) e um aumento sazonal de preços no fim de ano em razão das viagens de férias. "São duas forças na mesma direção", disse.
Também compõe a lista dos itens com maior influência positiva no IPC-S a tarifa de eletricidade residencial, que passou de 2,10% na quarta quadrissemana de novembro para 2,76% na primeira quadrissemana de dezembro. "Houve aumento de energia elétrica em duas capitais, no Rio e no Recife, mas pesou principalmente a alta no Rio", disse Picchetti.
O economista também chamou a atenção para o item hortaliças e legumes (de -9,43% para -4,51%). Embora tenha registrado variação ainda negativa, a queda foi muito menor e, segundo Picchetti, o impacto no índice foi positivo. "O índice geral passou de 0,45% para 0,63%. A variação, portanto, foi de 0,18 ponto porcentual. Um terço dessa alta (0,06 ponto porcentual) é atribuída a hortaliças e legumes." O coordenador do IPC-S também destacou o comportamento do tomate (de -26,15% para -12,67%).
Como Picchetti havia dito na semana passada, o cigarro pressionou a inflação, passando de 0,60% na quarta quadrissemana de novembro para 1,29% na primeira quadrissemana de dezembro, por causa do reajuste no preço de algumas marcas. "O aumento foi dado e está entrando no índice aos poucos, mas tende a sair depois de quatro semanas."
Questionado se os comercializáveis, que passaram de 0,29% para 0,37% no período, sofreram com a alta do câmbio, ele disse que é difícil dissociar o efeito do câmbio entre outras variáveis dentro do grupo.