Economia

FGV: Confiança do consumidor sobe com expectativas sobre o pós-eleições

Cenário no Brasil é de ritmo fraco de crescimento da atividade econômica aliada a um desemprego ainda elevado

Confiança do consumidor brasileiro voltou a subir em outubro após dois meses de quedas (Ricardo Matsukawa/VEJA)

Confiança do consumidor brasileiro voltou a subir em outubro após dois meses de quedas (Ricardo Matsukawa/VEJA)

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Reuters

Publicado em 24 de outubro de 2018 às 08h59.

São Paulo - A confiança do consumidor brasileiro voltou a subir em outubro após dois meses de quedas diante das expectativas de mudanças no cenário econômico do país com o fim do período eleitoral, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Os dados divulgados nesta quarta-feira mostraram que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) teve em outubro avanço de 4 pontos, indo a 86,1 pontos na comparação com o mês anterior e voltando a um nível próximo ao de maio deste ano, quando atingiu 86,9 pontos.

"O resultado mostra que, apesar de ainda não ter o resultado das urnas, o consumidor está esperançoso e otimista em relação aos próximos meses. O fim do período eleitoral diminui a incerteza política e gera expectativa de mudanças na condução da política econômica para o início do novo governo", explicou em nota a coordenadora da Sondagem do Consumidor, Viviane Seda Bittencourt.

Ela alertou, entretanto, que "a continuidade desses ganhos na confiança dependerá de ações efetivas do próximo presidente".

Em outubro, o Índice de Situação Atual (ISA) registrou queda de 0,4 ponto, para 71,9 pontos. Mas esse resultado foi compensado pelo ganho de 6,9 pontos no Índice de Expectativas (IE), que foi a 96,6 pontos, o maior nível desde abril de 2018.

O indicador sobre as perspectivas para a situação econômica nos seis meses seguintes registrou avanço de 6,1 pontos, para 106,1 pontos, o patamar mais elevado desde maio de 2018.

O cenário no Brasil é de ritmo fraco de crescimento da atividade econômica aliada a um desemprego ainda elevado e incertezas acentuadas com o cenário eleitoral, o que vem contendo o ímpeto de consumo e de investimentos.

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