Fazenda vai ao TCU para não cumprir piso da Saúde em 2023
Esta semana, a Corte recomendou o arquivamento da proposta que pedia o não cumprimento desses pisos em 2023
Agência de notícias
Publicado em 30 de setembro de 2023 às 14h27.
O Ministério da Fazenda encaminhou uma consulta formal ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a possibilidade de descumprir o piso constitucional da Saúde. A aplicação desse patamar mínimo de investimento significaria um aumento de gastos de até R$ 20 bilhões para a União. Ou seja, o governo quer evitar essa despesa adicional.
No caso do piso da Educação,cujo piso também voltou a vigorar com o fim do teto de gastos e adoção do novo arcabouço fiscal, as despesas já estão acima do mínimo exigido e não precisam ser complementadas.
- PIB do Reino Unido sobe 0,2% no 2º trimestre ante 1º trimestre, mostra pesquisa final
- Crianças de 2 a 12 anos perdem descontos em passagens aéreas da Gol e Azul; entenda
- Camilo Santana fala em lançar programa de bolsas para ensino médio em outubro
- Decreto do governo detalha contingenciamento de R$ 600 milhões no Orçamento de 2023
- Presidente da França retira embaixador do Níger e encerra presença militar no país
- Embaixada de Cuba em Washington é atacada com coquetéis molotov
Recomposição do Orçamento
No documento, que foi enviado à Corte na noite de quinta-feira, 28, a equipe econômica afirma que o governo recompôs o Orçamento deste ano seguindo a premissa do teto de gastos, e que a retomada dos pisos está prevista para 2024. Alega, ainda, que antecipou a discussão do novo marco de maneira diligente e que não é necessário reengatilhar, fora do planejamento orçamentário novas despesas nessas duas áreas. A pasta também pondera ao TCU que os programas sociais foram restabelecidos e que não entende ser o caso de incorporar um piso não previsto.
"Antecipamos o processo legislativo e aprovamos o novo arcabouço fiscal antes do tempo previsto na PEC da Transição, em benefício da economia brasileira. Não nos parece correto penalizar a boa gestão da economia", disse ao Estadão o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan.
A autorização do TCU, porém, não é certa. Esta semana, a Corte recomendou o arquivamento de proposta que pedia o não cumprimento desses pisos em 2023.