Fazenda eleva previsão para alta do PIB de 2023 de 2,5% para 3,2%, acima das projeções de mercado
Para 2024, a estimativa se manteve em 2,3%. O crescimento estimado para 2025 foi de 2,8%, o de 2026, de 2,5%, e o de 2027, de 2,6%
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 18 de setembro de 2023 às 13h43.
Última atualização em 21 de novembro de 2023 às 13h56.
O Ministério da Fazenda está mais otimista que o mercado e elevou a projeção de alta do produto interno bruto ( PIB ) em 2023 de 2,5% para 3,2%. A mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo Banco Central (BC) aponta para um crescimento econômico de 2,89% no ano. Os dados foram apresentados pela Secretaria de Política Econômica (SPE) no 4º Boletim Macrofiscal, divulgado nesta segunda-feira, 18.
"A maior projeção repercute principalmente o resultado do PIB no segundo trimestre, que cresceu 0,9% na margem e 3,4% na comparação interanual, deixando carregamento estatístico de 3,1% para o ano. Além da surpresa com o avanço do PIB no segundo trimestre, também contribuíram para elevar a estimativa de crescimento no ano o aumento na safra projetada para 2023, resultados positivos observados para alguns indicadores antecedentes no terceiro trimestre e expectativas de recuperação da economia chinesa no quatro trimestre", informou a SPE.
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Para 2024, a estimativa da equipe econômica se manteve em 2,3%, enquanto a mediana do Boletim Focus é de 1,5%. Para os anos seguintes, as projeções para o crescimento da economia não foram alteradas. Para 2025, também houve manutenção, em 2,8%. Para 2026, a estimativa ficou 2,5% e para 2027, a expectativa continua em 2,6%.
Pressões inflacionárias
O governo manteve em 4,85% a projeção de inflação para 2023, levemente abaixo das estimativas de mercado. Entre os analistas ouvidos pela BC, a mediana das expectativas está em 4,86%. Para 2024, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve pequena alta de 3,3% para 3,4%, ainda abaixo da expectativa dos economistas. No Boletim Focus a estimativa está em 3,86%.
"O reajuste nos preços de combustíveis na refinaria e seus impactos na inflação vem sendo compensados pela evolução benigna observada para os preços de alimentação no domicílio e serviços subjacentes. A revisão para cima em 2024 reflete ajustes marginais decorrentes de mudanças no cenário de câmbio e de preços de commodities", informou a SPE.