Economia

Faturamento das micro e pequenas empresas cai 2,8%

Dados surpreenderam analistas do Sebrae, que chegaram a prever que 2006 seria o ano das pequenas empresas

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h42.

O primeiro semestre de 2006 foi ruim para as pequenas empresas. O faturamento caiu 2,8% em relação ao mesmo período de 2005, o que representa uma perda de 3,3 bilhões de reais. Os dados da pesquisa realizada com 2700 empresas paulistas foram divulgados hoje (3/8), pelo Sebrae-SP. Os resultados surpreenderam negativamente os analistas que, animados com os números de 2005, chegaram a prever que este seria "o ano das pequenas empresas".

A imprevista queda de receita foi atribuída ao endividamento das famílias, por conta do fácil acesso a crédito, ao aumento da inadimplência e a uma queda de 15% do câmbio em relação ao primeiro semestre de 2005. Dos três setores avaliados - comércio, indústria e serviço -, quem mais saiu perdendo foram os empreendedores de serviço (queda de 3,8% de receita). Os ganhos do comércio caíram 2,8% e, das indústrias, 1,5%. "Em situação de endividamento, serviço é o primeiro gasto a ser cortado", diz o diretor-superintendente do Sebrae-SP, José Luiz Ricca. "As indústrias, em sentido inverso, são menos suscetíveis às oscilações do momento".

Cerca de 40% da queda foi registrada em junho. O resultado negativo já refletiu a redução das despesas com folha de pagamento, que caíram 2,5% em relação a maio. O resultado global em relação ao primeiro semestre de 2005, entretanto, é positivo. As empresas aumentaram em 2,9% os gastos com folha de salários.

Lei geral

Durante a divulgação dos resultados, José Luiz Ricca reclamou da demora na aprovação da Lei Geral de Micro e Pequenas Empresas que, entre outras modificações, incluirá no regime de tributação simplificada setores como construção civil. O projeto de lei é de 2004. "É um projeto que poderia dar uma virada nessa fatia empresarial brasileira", diz Ricca. "O texto está redondo, acertado, discutido. Já estava mais do que na hora de aprová-lo".

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

FGTS tem lucro de R$ 23,4 bi em 2023, maior valor da história

Haddad diz que ainda não apresentou proposta de bloqueio de gastos a Lula

FMI confirma sua previsão de crescimento mundial para 2024 a 3,2%

Novos dados aumentam confiança do Fed em desaceleração da inflação, diz Powell

Mais na Exame