Economia

Família paulistana tem maior endividamento de 2012

Na comparação com o mesmo período de 2011, o endividamento subiu de 45,7% para 53,2%

Enquanto o endividamento aumentou, o número de famílias com contas em atraso caiu, mas o nível continua elevado, segundo a FecomercioSP. (Arquivo/Você SA/EXAME.com)

Enquanto o endividamento aumentou, o número de famílias com contas em atraso caiu, mas o nível continua elevado, segundo a FecomercioSP. (Arquivo/Você SA/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2012 às 12h04.

São Paulo – Em maio, a família paulistana atingiu o seu maior nível de endividamento de 2012, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência da FecomercioSP. No mês, 53,2% das famílias possuíam algum tipo de dívida, perante 50,6% em abril.

Fatores sazonais podem ter contribuído para o aumento do endividamento, segundo a FecomercioSP. Entre os fatores listados pela Federação estão a manutenção da isenção do IPI para eletrodomésticos de linha branca e a isenção e redução de IPI para móveis, revestimentos e luminárias. 

As medidas teriam incentivado as compras de bens no primeiro trimestre, segundo a Federação. “A confiança do consumidor está em patamar elevado, e os bons níveis de emprego e renda incentivam o consumidor a fazer novas dívidas”, informou a FecomercioSP. 

Em números absolutos, o total de famílias aumentou de 1,814 milhão para 1,909 milhão em maio. Na comparação com o mesmo mês de 2011, o número de endividados era 1,639 milhão. Em relação ao mesmo mês de 2011, o nível de endividamento subiu de 45,7% para 53,2%.

Atrasos

Enquanto o endividamento aumentou, o número de famílias com contas em atraso caiu. A queda foi de 0,3 ponto percentual em maio ante abril e atingiu 21,5%. Mas o nível continua elevado, segundo a FecomercioSP.

O indicador foi 7,1 p.p. superior ao do mesmo período de 2011. O principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito (77,2%); seguido por crédito pessoal (19,3%); carnês (17,6%);cheque especial (9,8%); financiamento de carro (8,9%) e outros.

Entre as famílias com contas em atraso, 39,6% têm débitos pendentes a mais de 90 dias; 45,6% têm contas atrasadas entre 30 e 90 dias; e 12,7% apresentam dívidas postergadas por até 30 dias.

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