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Saneamento universal aumentaria renda do brasileiro em 6%

Com a universalização do acesso, o Brasil reduziria afastamentos no trabalho em 23% e a massa salarial ganharia R$ 105 bilhões, segundo estudo

Criança em local sem saneamento: universalização está prevista para 2030 (Marcello Casal Jr/ABr)

João Pedro Caleiro

Publicado em 19 de março de 2014 às 18h29.

São Paulo - Resolver o acesso ao saneamento básico seria uma ótima notícia não só para a saúde, mas também para o bolso do brasileiro.

Num ranking que mede os serviços de água tratada e esgoto em 200 países, o Brasil está em 112olugar. Nossa pontuação na área em 2011 foi de 0,581, abaixo de países latino-americanos como Chile e Equador.

A taxa de expansão do acesso está em 4,1% nesta década, menos do que os 4,6% de anos anteriores. Com esse ritmo, o país fica ainda mais longe da meta de universalização - projetada pelo governo para 2030.

A falta de saneamento afeta diretamente a saúde da população, o que gera custos para o governo e perda de produtividade .

O alerta foi dado pelo Instituto Trata Brasil e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que lançaram hoje a publicação ‘Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento Brasileiro’.

Saúde e produtividade

O estudo aponta que se 100% da população tivesse acesso à coleta de esgoto e água tratada, o número de internações por infecções gastrintestinais cairia de 340 mil para 266 mil por ano, o que geraria uma economia de R$ 27,3 milhões para o SUS (Sistema Único de Saúde).

Os problemas de saúde causados pela falta de saneamento também levam a afastamentos do trabalho, que seriam reduzidos em 23% com a universalização. Em 2012, as empresas gastaram mais de R$ 1 bilhão em horas pagas, mas não trabalhadas por este motivo.

A universalização traria uma elevação de 6,1% na renda média dos trabalhadores - ou R$ 105 bilhões extras na massa salarial do país, que está hoje em torno de R$ 1,7 trilhão, segundo o levantamento.

Outra conclusão é que equalizar o acesso ao saneamento traria uma redução de 6,8% no atraso escolar - e quanto melhor a educação, melhor também é a renda e a produtividade.

E isso sem contar os empregos gerados pelas obras de saneamento, os impactos sobre o turismo e a valorização dos imóveis - com seus respectivos impactos para a arrecadação dos governos.

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São Paulo - Resolver o acesso ao saneamento básico seria uma ótima notícia não só para a saúde, mas também para o bolso do brasileiro.

Num ranking que mede os serviços de água tratada e esgoto em 200 países, o Brasil está em 112olugar. Nossa pontuação na área em 2011 foi de 0,581, abaixo de países latino-americanos como Chile e Equador.

A taxa de expansão do acesso está em 4,1% nesta década, menos do que os 4,6% de anos anteriores. Com esse ritmo, o país fica ainda mais longe da meta de universalização - projetada pelo governo para 2030.

A falta de saneamento afeta diretamente a saúde da população, o que gera custos para o governo e perda de produtividade .

O alerta foi dado pelo Instituto Trata Brasil e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que lançaram hoje a publicação ‘Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento Brasileiro’.

Saúde e produtividade

O estudo aponta que se 100% da população tivesse acesso à coleta de esgoto e água tratada, o número de internações por infecções gastrintestinais cairia de 340 mil para 266 mil por ano, o que geraria uma economia de R$ 27,3 milhões para o SUS (Sistema Único de Saúde).

Os problemas de saúde causados pela falta de saneamento também levam a afastamentos do trabalho, que seriam reduzidos em 23% com a universalização. Em 2012, as empresas gastaram mais de R$ 1 bilhão em horas pagas, mas não trabalhadas por este motivo.

A universalização traria uma elevação de 6,1% na renda média dos trabalhadores - ou R$ 105 bilhões extras na massa salarial do país, que está hoje em torno de R$ 1,7 trilhão, segundo o levantamento.

Outra conclusão é que equalizar o acesso ao saneamento traria uma redução de 6,8% no atraso escolar - e quanto melhor a educação, melhor também é a renda e a produtividade.

E isso sem contar os empregos gerados pelas obras de saneamento, os impactos sobre o turismo e a valorização dos imóveis - com seus respectivos impactos para a arrecadação dos governos.

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