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Exportadores de suínos querem penetrar mercados exigentes

Ideia é mostrar para os compradores externos que há risco quase inexistente em comprar carne suína do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso

Criação de porcos: ideia é mostrar para os compradores externos que há risco quase inexistente em comprar carne suína do Rio Grande do Sul (Scott Olson/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 12h27.

São Paulo - Indústrias de carne suína do Brasil pretendem abrir importantes mercados compradores como Japão e Coreia do Sul para o produto de Estados brasileiros com um status sanitário não tão bom quanto o de Santa Catarina, que não consegue atender sozinho todas as demandas de importadores mais exigentes.

Grandes importadores globais, que incluem também Chile, Estados Unidos, Canadá e México, têm regras que permitem a compra de carne suína apenas de regiões livres de febre aftosa em bovinos sem vacinação, um certificado que apenas Santa Catarina tem.

A ideia é mostrar para os compradores externos que há risco quase inexistente em comprar carne suína do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, que compõem a liderança na produção brasileira, mas que estão livres de aftosa por meio de vacinação.

A febre aftosa é uma doença que surge principalmente em bovinos, mas que pode ser transmitida também para suínos.

"Nossa avaliação de biossegurança vai mostrar que o risco de criar um suíno perto de um bovino vacinado, de exportar essa carne suína, é praticamente inexistente", disse nesta quarta-feira o vice-presidente de suínos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Rui Vargas.

Os estudos de risco serão concluídos pela ABPA em 2016 e depois disso os compradores serão chamados para negociar a ampliação das compras.

"Existe hoje uma ferramenta, aprovada inclusive na OIE (Organização Mundial da Saúde Animal), que é a aprovação de importações com base no risco", disse Vargas.

Segundo ele, a velocidade do relaxamento das regras de importação vai depender do interesse dos compradores, o que pode ocorrer "em dois meses ou levar dois anos".

Vargas citou o caso dos Estados Unidos, que manifestaram interesse em comprar bons volumes de costela suína no fim de 2014, mas sem oferta suficiente dentro do Brasil para atender a demanda.

"Às vezes nos falta volume de produção para exportar para alguns destinos", afirmou o executivo, lembrando que Santa Catarina representa apenas 26 por cento da produção brasileira de suínos.

Exportações

A ABPA estimou nesta quarta-feira que a produção e as exportações de carne suína do Brasil em 2016 deverão crescer entre 2 e 3 por cento ante 2015.

O setor fechará este ano com produção de 3,6 milhões de toneladas, alta de 4,9 por cento ante 2014.

Já os embarques de carne suína em 2015 são estimados em 550 mil toneladas, alta de 8,9 por cento ante o ano passado.

"Nosso maior importador (em 2015) foi a Rússia, que aumentou ainda mais as compras", destacou Vargas.

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São Paulo - Indústrias de carne suína do Brasil pretendem abrir importantes mercados compradores como Japão e Coreia do Sul para o produto de Estados brasileiros com um status sanitário não tão bom quanto o de Santa Catarina, que não consegue atender sozinho todas as demandas de importadores mais exigentes.

Grandes importadores globais, que incluem também Chile, Estados Unidos, Canadá e México, têm regras que permitem a compra de carne suína apenas de regiões livres de febre aftosa em bovinos sem vacinação, um certificado que apenas Santa Catarina tem.

A ideia é mostrar para os compradores externos que há risco quase inexistente em comprar carne suína do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, que compõem a liderança na produção brasileira, mas que estão livres de aftosa por meio de vacinação.

A febre aftosa é uma doença que surge principalmente em bovinos, mas que pode ser transmitida também para suínos.

"Nossa avaliação de biossegurança vai mostrar que o risco de criar um suíno perto de um bovino vacinado, de exportar essa carne suína, é praticamente inexistente", disse nesta quarta-feira o vice-presidente de suínos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Rui Vargas.

Os estudos de risco serão concluídos pela ABPA em 2016 e depois disso os compradores serão chamados para negociar a ampliação das compras.

"Existe hoje uma ferramenta, aprovada inclusive na OIE (Organização Mundial da Saúde Animal), que é a aprovação de importações com base no risco", disse Vargas.

Segundo ele, a velocidade do relaxamento das regras de importação vai depender do interesse dos compradores, o que pode ocorrer "em dois meses ou levar dois anos".

Vargas citou o caso dos Estados Unidos, que manifestaram interesse em comprar bons volumes de costela suína no fim de 2014, mas sem oferta suficiente dentro do Brasil para atender a demanda.

"Às vezes nos falta volume de produção para exportar para alguns destinos", afirmou o executivo, lembrando que Santa Catarina representa apenas 26 por cento da produção brasileira de suínos.

Exportações

A ABPA estimou nesta quarta-feira que a produção e as exportações de carne suína do Brasil em 2016 deverão crescer entre 2 e 3 por cento ante 2015.

O setor fechará este ano com produção de 3,6 milhões de toneladas, alta de 4,9 por cento ante 2014.

Já os embarques de carne suína em 2015 são estimados em 550 mil toneladas, alta de 8,9 por cento ante o ano passado.

"Nosso maior importador (em 2015) foi a Rússia, que aumentou ainda mais as compras", destacou Vargas.

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