Economia

Ex-ministro critica uso da gasolina para conter inflação

Roberto Rodrigues, considerou "uma falácia" a medida do governo de manutenção do preço estável da gasolina como uma das âncoras da política de controle da inflação


	Rodrigues afirmou ser "inacreditável" que o Brasil importe o álcool, como ocorreu no ano passado, para suprir demanda
 (SXC.Hu)

Rodrigues afirmou ser "inacreditável" que o Brasil importe o álcool, como ocorreu no ano passado, para suprir demanda (SXC.Hu)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2012 às 15h48.

Campinas - O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, considerou "uma falácia" a medida do governo de manutenção do preço estável da gasolina como uma das âncoras da política de controle da inflação, em um cenário de variação do preço do combustível de petróleo no mercado internacional. "Usar a gasolina para segurar a inflação é uma falácia, porque gera a importação do combustível e só dá um grande prejuízo para a Petrobras; e o povo acaba, de uma forma ou de outra, pagando essa conta", disse Rodrigues, no Fórum Nacional de Agronegócios, que acontece neste sábado em Campinas (SP).

Segundo Rodrigues, o governo deveria incentivar a produção de etanol e firmar um pacto com o setor produtivo para garantir a ampliação da oferta, juntamente com uma política de preços competitivos ao combustível renovável perante a gasolina. "O governo garantiria o aumento do preço da gasolina e cobraria o aumento da oferta e abastecimento de etanol", disse o ministro. "O etanol ainda geraria muito mais riqueza e renda aqui no País", completou.

Rodrigues afirmou ser "inacreditável" que o Brasil - antigo maior produtor de etanol do planeta e pioneiro no seu uso como combustível de veículos em grande escala - importe o álcool, como ocorreu no ano passado, para suprir demanda. "É uma tragédia isso acontecer", resumiu o ex-ministro, coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (GV Agro).

O ex-ministro avaliou ainda que os gargalos de logística e de infraestrutura no País seguem como um dos principais entraves do setor produtivo e chamou de "suspiros positivos" as medidas tomadas pelo governo federal, como o pacote de concessões e a queda no preço da energia.

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