Economia

EUA ampliam alívio de sanções sobre Irã sob acordo nuclear

Ao mesmo tempo, o presidente Donald Trump disse que o Irã está violando "o espírito" do acordo nuclear iraniano

Irã: porta-voz do Departamento de Estado disse que o governo aprovou a suspensão de algumas sanções (Raheb Homavandi/Reuters)

Irã: porta-voz do Departamento de Estado disse que o governo aprovou a suspensão de algumas sanções (Raheb Homavandi/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de setembro de 2017 às 19h40.

Última atualização em 11 de janeiro de 2018 às 15h52.

Washington - Os Estados Unidos estenderam nesta quinta-feira alívio de algumas sanções sobre o Irã sob o acordo nuclear de 2015, informou o Departamento de Estado norte-americano, mas nenhuma decisão foi tomada sobre a preservação do acordo em si.

Ao mesmo tempo, o presidente Donald Trump disse que o Irã está violando "o espírito" do acordo nuclear iraniano e o Tesouro dos EUA anunciou novas sanções contra cerca de uma dúzia de entidades ou indivíduos por atividades relacionas ao Irã.

"Nós não iremos tolerar o que eles estão fazendo", disse Trump a repórteres a bordo do Air Force One, o avião presidencial norte-americano. Mas ele não chegou a falar se irá se recusar a renovar o acordo.

A porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, disse que o governo aprovou a suspensão de algumas sanções para "manter alguma flexibilidade" conforme desenvolve uma política para visar o alcance do comportamento iraniano.

"Suspender algumas destas sanções não deve ser visto como uma indicação da posição do presidente Trump ou de seu governo sobre o acordo nuclear do Irã, nem tampouco a suspensão está dando ao regime iraniano uma permissão para seu amplo alcance de comportamento maligno", disse durante entrevista coletiva.

Nauert não especificou quais sanções o governo aliviou.

Anteriormente, fontes disseram que os Estados Unidos iriam renovar uma suspensão das sanções-chave, e mais punitivas, que impuseram sobre o Irã antes do acordo nuclear ser finalmente firmado.

Se apoiando na Seção 1245 do Ato de Autorização de Defesa Nacional de 2012, Washington ameaçou sancionar os bancos dos principais clientes de petróleo do Irã caso não cortassem significativamente suas compras de petróleo iraniano.

Sob a lei, estas sanções podem ser suspensas por um máximo de 120 dias, forçando o governo dos EUA a revisitar a questão a cada quatro meses. O governo do ex-presidente Barack Obama, que negociou o acordo, revisitou a questão em meados de janeiro e o governo Trump revisitou novamente em 17 de maio.

Fontes familiares à questão destacaram que a política norte-americana mais ampla em relação ao Irã, e a possibilidade de preservar o acordo que deu alívio de sanções a Teerã em troca de contenção de seu programa nuclear, ainda não foi decidida. Trump criticou o acordo, mas alguns de seus principais assessores acreditam que ele deva preservá-lo.

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