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'Estou ofendido como ex-presidente do IBGE', diz Bacha sobre Pochmann na presidência do órgão

Bacha espera que os profissionais do instituto não tenham uma reação positiva à nova gestão

IBGE: Bacha trabalhou com Simone Tebet durante as eleições de 2022 (Reprodução/Reprodução)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 27 de julho de 2023 às 14h26.

Última atualização em 27 de julho de 2023 às 14h31.

O economista Edmar Bacha, que presidiu o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nos anos 80, engrossou as críticas ao nome de Marcio Pochmann como futuro presidente do órgão. Em entrevista ao Estadão, afirmou que se sente "ofendido".

"Pochmann é um ideólogo. Tem uma visão totalmente ideológica da economia. E não terá problema de colocar o IBGE a serviço dessa ideologia, como fez no Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Estou ofendido como ex-presidente do IBGE ", afirmou Bacha, que também participou da elaboração do Plano Real.

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No ano passado, Bacha se aproximou de Simone Tebet e ajudou a então candidata à Presidência a formular o seu plano para a economia. Conhecedor da linha econômica da agora ministra do Planejamento e Orçamento, Bacha se diz inconformado.

"Não entendo como ela pôde ter aceitado (a indicação de Pochmann). É incompreensível. Espero que ela não assine essa nomeação, pois seria um desrespeito à sua própria autobiografia" afirmou.

Bacha também disse esperar que haja uma reação dos "ibegeanos", se referindo aos funcionários de carreira do órgão. "É uma verdadeira ofensa à estatística brasileira", reforçou. Segundo ele, o temor é de que o IBGE se transforme no Indec, da Argentina, órgão que perdeu a credibilidade por distorções nos indicadores.

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