O presidente Lula e o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, posam ao lado da estátua de Dom Quixote de la Mancha (.)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2010 às 08h57.
Madri - A Espanha cortará o salário dos funcionários públicos e reduzirá os gastos com investimento, enfurecendo os sindicatos na tentativa de garantir aos mercados que conseguirá controlar seu déficit orçamentário e deter o espalhamento da crise de dívida na Europa.
"Nós precisamos fazer um esforço singular, excepcional e extraordinário para reduzir nosso déficit público e nós precisamos fazê-lo agora que a economia está começando a se recuperar", disse o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, ao Parlamento.
Nas mais rígidas medidas de redução de déficit adotadas pelo governo socialista, Zapatero disse que planeja economizar 15 bilhões de euros em 2010 e 2011 com uma série de cortes de gastos, incluindo a redução de mais de 6 bilhões de euros em investimento público.
Os salários do setor público serão reduzidos em 5 por cento em 2010 e congelados em 2011, o que gerou reação imediata dos sindicatos, que já bloquearam uma medida do governo de elevar a idade de aposentadoria de 65 para 67.
As medidas adotadas agora diminuirão o déficit orçamentário para 9,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, de 11,2 por cento em 2009. Segundo o governo espanhol, o déficit cairá para 6 por cento em 2011 e para 3 por cento em 2012.