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Equipe de Lula prepara a primeira reunião ministerial

Dirceu diz que o país tem grande potencial de desenvolvimento econômico e que o governo tem o dever de levar o Brasil a retomar o crescimento

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h01.

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, coordena nesta sexta-feira (27/12) a primeira reunião ministerial de seu futuro governo, a partir das 15h, no Centro de Treinamento do Banco do Brasil, onde está a equipe técnica de transição. Serão discutidos os dados do relatório elaborado pela equipe de transição sobre cada uma das áreas do governo. Participam, além dos futuros ministros, os cinco secretários de Estado escolhidos por Lula. O presidente eleito vai permanecer na Granja do Torto até a data da posse, com a família.

Ao deixar São Paulo rumo à Brasília, Lula disse que a partir de 1º de janeiro, quando tomar posse, é que o seu governo começará a pensar como fazer as coisas para mudar o Brasil. Sobre o controle da inflação, Lula afirmou que está convencido de que todos saberemos controlar a inflação - "o governo e a sociedade brasileira", acrescentou.

O futuro ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, ao chegar ao CT, disse que o Brasil tem recursos para desenvolver programas sociais e que é preciso reduzir gastos e combater a corrupção e o desperdício. Ele afirmou que o país tem grande potencial de desenvolvimento econômico, com moderna agroindústria, e que o governo tem o dever de levar o Brasil a retomar o crescimento econômico e fazer mudanças na política social. Dirceu disse ainda que não será feito um balanço do atual governo. "66% da população, nas últimas eleições, fizeram um balanço e deram sua avaliação sobre o atual governo, nós do governo Lula somos de olhar para a frente". Segundo Dirceu, a partir de primeiro de janeiro, o trabalho "vai ser duro. Temos que combater a forme, garantir emprego, cuidar da segurança pública, da saúde, educação, do desenvolvimento social e melhorar os serviços públicos aos brasileiros.

Sobre o programa programa Fome Zero, a ser coordenado pelo ministro extraordinário para a Segurança Alimentar, José Graziano, Dirceu disse que o programa terá a participação não só do governo e de várias pastas, mas também da sociedade brasileira, incluindo as organizações não governamentais.

Palocci e o secretário do Tesouro

O futuro ministro da Fazenda, Antônio Palocci chegou às 9h35 no centro de treinamento. O futuro ministro da Fazenda, Antônio Palocci, fará o anúncio do nome do economista Joaquim Levy _ex-adjunto da Secretaria de Política Econômica e atualmente na Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento- para ocupar a Secretaria do Tesouro Nacional, em substituição a Eduardo Guardia, que será o próximo secretário da Fazenda do Estado de São Paulo.

A nomeação de Joaquim Levy reforça a expectativa de disciplina fiscal no governo Lula, e a de Guardia contribui para o debate acerca da reforma tributária.

Congresso e o PT

O presidente do PT, deputado José Genoíno, disse que o seu partido e o futuro governo têm maioria tranqüila no Congresso Nacional, mas, no caso de aprovação de propostas de emenda à Constituição, terá de fazer alianças "pontuais", já que são necessários no mínimo 308 votos.

Genoíno anunciou que as conversas com o PMDB continuam, mas que nada "está vinculado" aos cargos das mesas diretoras do Senado e da Câmara. Sobre as alianças pontuais o parlamentar informou que o PT e os partidos que apoiaram Lula desde o início da candidatura vão conversar com os partidos considerados de oposição.

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