Economia

Empresas da zona do euro estão em níveis vistos durante crise da dívida

Segundo BCE, as vulnerabilidades corporativas aumentaram para níveis vistos pela última vez no pico da crise da dívida pública da zona do euro

BCE: Tendo comprado mais de 20 bilhões de euros em dívida corporativa este ano, o BCE tem sido fundamental no fornecimento de financiamento para empresas (Ralph Orlowski/Reuters)

BCE: Tendo comprado mais de 20 bilhões de euros em dívida corporativa este ano, o BCE tem sido fundamental no fornecimento de financiamento para empresas (Ralph Orlowski/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de novembro de 2020 às 11h17.

 As empresas da zona do euro estão cada vez mais vulneráveis em meio a uma recessão causada pela pandemia, mas o apoio estatal, incluindo empréstimos do Banco Central Europeu (BCE), limitou os danos até agora, revelou um relatório do BCE nesta segunda-feira.

"As vulnerabilidades corporativas aumentaram para níveis vistos pela última vez no pico da crise da dívida pública da zona do euro, mas permanecem abaixo dos níveis alcançados após a crise financeira global", disse o BCE em artigo do relatório de estabilidade.

Tendo comprado mais de 20 bilhões de euros em dívida corporativa este ano em um esquema de compra de títulos de emergência, o BCE tem sido fundamental no fornecimento de financiamento para empresas.

Mas a nova desaceleração pode levar a rebaixamentos de ratings, o que pode dificultar a participação do BCE, já que ele só pode comprar dívida corporativa que possuam grau de investimento.

As questões ainda não resolvidas para as empresas são as vendas em queda, a lucratividade real e esperada mais baixa e um aumento na alavancagem e no endividamento, acrescentou o BCE.

"As garantias de empréstimos do governo e a moratória de falências impediram uma onda em grande escala de ... inadimplências, mas um número considerável de empresas poderia ser forçado a declarar falência se essas medidas forem suspensas muito cedo ou se as condições de empréstimos bancários se tornarem mais restritivas", disse o BCE.

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