Economia

Emprego na indústria recua pelo 3º mês, horas pagas caem

Queda foi de 0,2% na comparação com o mês anterior, em linha com a fraqueza da produção industrial


	Indústria: a comparação com julho de 2012 o total de pessoal ocupado na indústria recuou 0,8%, vigésimo segundo resultado negativo seguido nesse tipo de confronto e o mais intenso desde fevereiro
 (Getty Images)

Indústria: a comparação com julho de 2012 o total de pessoal ocupado na indústria recuou 0,8%, vigésimo segundo resultado negativo seguido nesse tipo de confronto e o mais intenso desde fevereiro (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2013 às 10h02.

São Paulo - O emprego na indústria brasileira recuou pelo terceiro mês seguido em julho ao cair 0,2 por cento na comparação com o mês anterior, em linha com a fraqueza da produção industrial.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o dado de junho foi revisado para uma queda de 0,1 por cento, após divulgação anterior de estabilidade. Em maio, o total de pessoal ocupado caiu 0,4 por cento, na primeira queda mensal do ano.

Na comparação com julho de 2012 o total de pessoal ocupado na indústria recuou 0,8 por cento, vigésimo segundo resultado negativo seguido nesse tipo de confronto e o mais intenso desde fevereiro (-1,2 por cento).

Nessa base, o contingente de trabalhadores sofreu redução em 12 das 14 áreas pesquisadas, sendo que o principal impacto negativo veio do Nordeste, com queda de 4,3 por cento.

A região registrou taxas negativas em 12 dos 18 setores analisados, com destaque para as indústrias de calçados e couro (-8,3 por cento), alimentos e bebidas (-3,6 por cento) e minerais não-metálicos (-7,4 por cento).

O IBGE também destacou os resultados negativos na Bahia (-7,4 por cento), Rio Grande do Sul (-2,1 por cento) e Pernambuco (-5,3 por cento).

Horas pagas

O número de horas pagas também caiu pela terceira vez seguida em julho em relação ao mês anterior, 0,3 por cento. Sobre julho de 2012, a taxa mostrou queda de 0,8 por cento, segundo recuo seguido e o mais forte desde março (-1,4 por cento).


As principais influências negativas vieram de calçados e couro (-7,4 por cento), produtos de metal (-4,3 por cento), máquinas e equipamentos (-2,4 por cento) e outros produtos da indústria de transformação (-3,7 por cento).

Em julho, a produção industrial brasileira voltou a mostrar fraqueza, registrando queda de 2 por cento pressionada principalmente por bens de capital.

As perspectivas para o setor ainda não são animadoras. Para agosto, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado pela Fundação Getulio Vargas renovou o menor nível desde julho de 2009 ao recuar 0,6 por cento.

E a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) mostrou que o setor industrial registrou contração pelo segundo mês seguido em agosto, em meio à queda da produção e no volume de novos pedidos.

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