Carteira de trabalho digital: Dados de janeiro de 2024 são quase o dobro do resultado do mesmo período do ano passado (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 15 de março de 2024 às 10h30.
Última atualização em 15 de março de 2024 às 14h08.
A economia brasileira criou 180.395 postos de trabalho com carteira assinada em janeiro de 2024, quase o dobro do resultado do mesmo período do ano passado. No mesmo mês de 2023 foram criadas 90.832 vagas. O resultado foi impulsionado pelos setores de serviços e pela indústria.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira, 15. O resultado considera 2.067.817 admissões e 1.887.422 desligamentos.
Com o resultado, o Brasil totalizou 45.697.670 trabalhadores com carteira assinada.
O setor com maior impacto positivo para os dados de janeiro foi o de serviços, com saldo de 80.587 postos, com destaque para Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que teve saldo positivo de 47.352 empregos.
A segunda maior geração ocorreu na indústria, com 67.029 postos de trabalho gerados no mês, principalmente na indústria de transformação, com 65.763 vagas. Na construção foram criados 49.091 postos de trabalho e na agropecuária outras 21.900 vaga. Em contrapartida, o comércio registrou um saldo líquido de 38.212 demissões no mês.
Entre os estados, São Paulo foi o que teve maior geração de emprego, com 38.499 postos, alta de 0,28% em comparação com o mesmo período. Na sequência, o Rio Grande do Sul teve 20.810 postos, com aumento de 0,75%, e o Santa Catarina apresentou saldo positivo de 26.210 postos (1,06%).
O Maranhão foi a unidade da federação com o pior resultado, com menos 831 postos (-0,13%), seguido pelo Acre, que registrou saldo líquido de demissões de 33 trabalhadores.
Os dados do Caged consideram somente os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os trabalhadores informais. Os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad), mostram toda a força de trabalho do país, seja formal ou informal, além do número de desalentados. Por conta disso, os resultados não são comparáveis.