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Embargo de 3 países à carne do Brasil não afeta indústrias

Grupo Marfrig afirmou que as exportações vão continuar ocorrendo para os países através de unidades na Argentina e Uruguai

Carne bovina: suspensões foram anunciadas após a descoberta de um caso "atípico" do mal da vaca louca em um animal que morreu em 2010, no Paraná (Claudio Rossi/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 11h46.

São Paulo - A suspensão dos embarques de carne bovina do Brasil anunciada nesta semana por Japão, África do Sul e China praticamente não afetará as exportações do produto das principais empresas do país, informaram as empresas do setor de carnes.

O grupo Marfrig afirmou nesta sexta-feira em nota ao mercado que as exportações de carne bovina vão continuar ocorrendo para os três países através de unidades na Argentina e Uruguai, sem impacto nos volumes comercializados da companhia.

As suspensões foram anunciadas após a descoberta de um caso "atípico" do agente da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como mal da vaca louca, em um animal que morreu em 2010, no Paraná.

Em nota divulgada ao mercado, o Marfrig afirmou ainda que está preparado para compensar barreiras internacionais, uma vez que possui "participação de 46 por cento de sua receita consolidada em produtos de valor adicionado e industrializados, com uma plataforma que permite transpor eventuais barreiras comerciais e sanitárias através do redirecionamento da produção para outras regiões ou países".

Ainda sobre os embargos, o frigorífico Minerva afirmou na quinta-feira que as vendas para a China representam pouco menos de 0,5 por cento do faturamento líquido da companhia nos últimos 12 meses, e que ela não exporta carne in natura para a África do Sul, o que significa um baixo impacto para o companhia.

"Lembramos que na sexta-feira passada a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) manteve a classificação do Brasil como país de risco insignificante para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), confirmando que o Brasil é livre da doença", disse o Minerva em nota divulgada na quinta-fera.

"Esta classificação tem sido seguida por importantes países e blocos consumidores." Já o Marfrig disse que, nos nove primeiros meses de 2012, as exportações brasileiras de produtos de carne bovina do grupo para os países que embargaram o produto correspondeu a 0,16 por cento da receita consolidada da companhia.

Entre janeiro e outubro deste ano, o Brasil vendeu 1,024 milhão de toneladas de carne bovina ao mercado internacional. Desse total, a China comprou somente 10,1 mil toneladas, o Japão adquiriu 1,3 mil toneladas, enquanto a África do Sul comprou 293 toneladas, segundo o Ministério da Agricultura do Brasil.

O brasileiro JBS, maior produtor de carne bovina do mundo, com unidades em várias partes do mundo, incluindo Estados Unidos, Austrália e Argentina, também pode atender aos países que embargaram a carne brasileira por meio de plantas em outras nações.

Às 10h57, a ação do Marfrig operava em leve alta, o Minerva subia 1,8 por cento, enquanto o JBS tinha ganhos de 1,8 por cento, após sofreram desde o anúncio do caso atípico de EEB. Na quinta-feira, os papéis das empresas fecharam em alta.

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São Paulo - A suspensão dos embarques de carne bovina do Brasil anunciada nesta semana por Japão, África do Sul e China praticamente não afetará as exportações do produto das principais empresas do país, informaram as empresas do setor de carnes.

O grupo Marfrig afirmou nesta sexta-feira em nota ao mercado que as exportações de carne bovina vão continuar ocorrendo para os três países através de unidades na Argentina e Uruguai, sem impacto nos volumes comercializados da companhia.

As suspensões foram anunciadas após a descoberta de um caso "atípico" do agente da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como mal da vaca louca, em um animal que morreu em 2010, no Paraná.

Em nota divulgada ao mercado, o Marfrig afirmou ainda que está preparado para compensar barreiras internacionais, uma vez que possui "participação de 46 por cento de sua receita consolidada em produtos de valor adicionado e industrializados, com uma plataforma que permite transpor eventuais barreiras comerciais e sanitárias através do redirecionamento da produção para outras regiões ou países".

Ainda sobre os embargos, o frigorífico Minerva afirmou na quinta-feira que as vendas para a China representam pouco menos de 0,5 por cento do faturamento líquido da companhia nos últimos 12 meses, e que ela não exporta carne in natura para a África do Sul, o que significa um baixo impacto para o companhia.

"Lembramos que na sexta-feira passada a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) manteve a classificação do Brasil como país de risco insignificante para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), confirmando que o Brasil é livre da doença", disse o Minerva em nota divulgada na quinta-fera.

"Esta classificação tem sido seguida por importantes países e blocos consumidores." Já o Marfrig disse que, nos nove primeiros meses de 2012, as exportações brasileiras de produtos de carne bovina do grupo para os países que embargaram o produto correspondeu a 0,16 por cento da receita consolidada da companhia.

Entre janeiro e outubro deste ano, o Brasil vendeu 1,024 milhão de toneladas de carne bovina ao mercado internacional. Desse total, a China comprou somente 10,1 mil toneladas, o Japão adquiriu 1,3 mil toneladas, enquanto a África do Sul comprou 293 toneladas, segundo o Ministério da Agricultura do Brasil.

O brasileiro JBS, maior produtor de carne bovina do mundo, com unidades em várias partes do mundo, incluindo Estados Unidos, Austrália e Argentina, também pode atender aos países que embargaram a carne brasileira por meio de plantas em outras nações.

Às 10h57, a ação do Marfrig operava em leve alta, o Minerva subia 1,8 por cento, enquanto o JBS tinha ganhos de 1,8 por cento, após sofreram desde o anúncio do caso atípico de EEB. Na quinta-feira, os papéis das empresas fecharam em alta.

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