Elétricas pesam mais no balanço do BNDES do que LBR
Provisão para potencial perda de valor de ativos chegou a 3,3 bilhões de reais – sendo 2,4 bilhões de reais do setor de energia
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2013 às 19h15.
São Paulo – Apesar de o BNDES ter sentido o impacto da LBR no balanço de 2012 apresentado hoje, o setor de energia acabou pesando mais, segundo o banco. A provisão total para potencial perda de valor de ativos chegou a 3,3 bilhões de reais, sendo que 2,4 bilhões de reais do setor de energia. O valor total equivale a cerca de 3% da carteira de participações societárias, segundo o BNDES.
A provisão não significa que o BNDES perdeu o dinheiro, como frisou o banco. “A efetivação da perda só ocorre quando o ativo é vendido”, disse Marcelo Marcolino, chefe do departamento de acompanhamento e gestão da carteira. Ou seja, na prática, o dinheiro com elétricas só seria realmente perdido se o banco se desfizesse das ações de elétrica em meio à queda dos papéis no mercado. É na “provisão para potencial perda” que entram o impacto do setor de energia e a baixa contábil de 657 milhões de reais da LBR. No caso da LBR, o dinheiro será efetivamente perdido se a empresa, que já pediu recuperação judicial, falir.
O BNDES apresentou uma queda de 9,6% no seu lucro de 2012 (8,2 bilhões de reais) em relação ao do ano anterior. A explicação do BNDES para a queda é simples: as empresas foram afetadas pela desaceleração global, causando impacto negativo no resultado da BNDESPAR que, por sua vez, afetou o lucro do BNDES.
A BNDESPAR registrou um lucro liquido de 298 milhões de reais em 2012, o que indica uma queda de 93,1% em relação aos cerca de 4 bilhões de reais obtidos em 2012. Três fatores levaram a isso, segundo Marcolino: a provisão para potencial perda de valor de ativos, o resultado de equivalência patrimonial para ativos em que o BNDES tem mais de 20% de participação e os dividendos de empresas em que o BNDES não tem mais de 20% de participação.
LBR
A LBR apresentou dois impactos: a baixa contábil de 657 milhões de reais e uma perda entre 100 e 200 milhões de reais no resultado de equivalência patrimonial para ativos em que o BNDES tem mais de 20%. Esse valor é calculado com base no balanço da empresa, levando em consideração o percentual de participação do BNDES no patrimônio da empresa. No caso, o patrimônio foi momentaneamente reduzido, segundo Carlos Frederico Rangel, chefe de departamento de contabilidade.
O BNDES confirma que, caso a LBR vá a falência o banco pode perder os 700 milhões de reais que foram investidos na companhia – sendo 250 por meio de debêntures conversíveis. A LBR ainda vai passar por um longo processo, segundo o BNDES. Após pedir recuperação judicial em 15 de fevereiro, a companhia tem um prazo de cerca de 60 dias para apresentar um plano de recuperação aos credores – o que ainda não foi feito, segundo o BNDES – os credores tem, então, 180 dias para votar esse plano.
Daí para a frente, tanto a recuperação da empresa – como a falência – são possíveis. No entanto, caso seja decretada falência, a perda já terá sido apresentada no balanço do BNDES. “Hipoteticamente pode perder tudo, mas a potencial perda está sendo antecipada (no balanço)”, disse Marcolino.
São Paulo – Apesar de o BNDES ter sentido o impacto da LBR no balanço de 2012 apresentado hoje, o setor de energia acabou pesando mais, segundo o banco. A provisão total para potencial perda de valor de ativos chegou a 3,3 bilhões de reais, sendo que 2,4 bilhões de reais do setor de energia. O valor total equivale a cerca de 3% da carteira de participações societárias, segundo o BNDES.
A provisão não significa que o BNDES perdeu o dinheiro, como frisou o banco. “A efetivação da perda só ocorre quando o ativo é vendido”, disse Marcelo Marcolino, chefe do departamento de acompanhamento e gestão da carteira. Ou seja, na prática, o dinheiro com elétricas só seria realmente perdido se o banco se desfizesse das ações de elétrica em meio à queda dos papéis no mercado. É na “provisão para potencial perda” que entram o impacto do setor de energia e a baixa contábil de 657 milhões de reais da LBR. No caso da LBR, o dinheiro será efetivamente perdido se a empresa, que já pediu recuperação judicial, falir.
O BNDES apresentou uma queda de 9,6% no seu lucro de 2012 (8,2 bilhões de reais) em relação ao do ano anterior. A explicação do BNDES para a queda é simples: as empresas foram afetadas pela desaceleração global, causando impacto negativo no resultado da BNDESPAR que, por sua vez, afetou o lucro do BNDES.
A BNDESPAR registrou um lucro liquido de 298 milhões de reais em 2012, o que indica uma queda de 93,1% em relação aos cerca de 4 bilhões de reais obtidos em 2012. Três fatores levaram a isso, segundo Marcolino: a provisão para potencial perda de valor de ativos, o resultado de equivalência patrimonial para ativos em que o BNDES tem mais de 20% de participação e os dividendos de empresas em que o BNDES não tem mais de 20% de participação.
LBR
A LBR apresentou dois impactos: a baixa contábil de 657 milhões de reais e uma perda entre 100 e 200 milhões de reais no resultado de equivalência patrimonial para ativos em que o BNDES tem mais de 20%. Esse valor é calculado com base no balanço da empresa, levando em consideração o percentual de participação do BNDES no patrimônio da empresa. No caso, o patrimônio foi momentaneamente reduzido, segundo Carlos Frederico Rangel, chefe de departamento de contabilidade.
O BNDES confirma que, caso a LBR vá a falência o banco pode perder os 700 milhões de reais que foram investidos na companhia – sendo 250 por meio de debêntures conversíveis. A LBR ainda vai passar por um longo processo, segundo o BNDES. Após pedir recuperação judicial em 15 de fevereiro, a companhia tem um prazo de cerca de 60 dias para apresentar um plano de recuperação aos credores – o que ainda não foi feito, segundo o BNDES – os credores tem, então, 180 dias para votar esse plano.
Daí para a frente, tanto a recuperação da empresa – como a falência – são possíveis. No entanto, caso seja decretada falência, a perda já terá sido apresentada no balanço do BNDES. “Hipoteticamente pode perder tudo, mas a potencial perda está sendo antecipada (no balanço)”, disse Marcolino.