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Ecorodovias não acredita em retomada de leilões neste ano

Assim, a Ecorodovias vai se concentrar em melhorar indicadores como Ebitda e lucro líquido, por exemplo, e redução do endividamento

Ecorodovias: a empresa vê como de difícil ou de longa resolução o cenário político e macroeconômico conturbado no país (Márcio Fernandes)
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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2016 às 15h00.

São Paulo - A Ecorodovias está analisando os leilões de infraestrutura que podem ser feitos pelo governo federal, mas não acredita que eles ocorram em quantidade e talvez nem em localizações que possam ser de interesse da companhia neste ano, disse o presidente da empresa, Marcelino de Seras, em teleconferência nesta quarta-feira.

"Não acreditamos neste ano na retomada de leilões, de ativos ao mercado. A dedicação da companhia neste ano será o aumento da eficiência, produtividade, melhoria de indicadores e aditivos contratuais", afirmou Seras a analistas e investidores.

Ele citou que a empresa vê como de difícil ou de longa resolução o cenário político e macroeconômico conturbado no país, o que deve afetar a oferta de ativos de infraestrutura.

Assim, a Ecorodovias vai se concentrar em melhorar indicadores como Ebitda e lucro líquido, por exemplo, e redução do endividamento.

"Os novos investimentos que estão sendo falados ainda carecem de melhor compreensão dos riscos e melhor análise de como serão financiados", disse Seras.

Além de relicitar a Ponte Rio-Niterói, vencida pela Ecorodovias, o governo pretendia ter leiloado mais quatro rodovias no ano passado, mas as licitações foram atrasadas devido à necessidade de fazer ajustes nos projetos.

O ministro do Planejamento, Valdir Simão, disse à Reuters na semana passada que o cronograma de concessões de infraestrutura este ano não será alterado, mesmo com a piora no cenário político nos últimos dias.

Estão previstas para este ano as concessões de alguns portos e rodovias, além dos aeroportos de Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis.

O primeiro leilão de rodovia da segunda fase do programa de concessões de infraestrutura do governo, desconsiderando a relicitação da Ponte Rio-Niterói, é o da chamada "rodovia do frango", que liga Paraná e Santa Catarina.

O edital da licitação ainda não foi publicado e terá ajustes solicitados pelo Tribunal de Contas da União.

Tráfego

Quanto ao tráfego nas estradas da empresa, a Ecorodovias tem visto melhora no comportamento mês a mês neste início do ano, disse Seras.

O desempenho começou mal em janeiro e se recuperou um pouco em fevereiro, segundo ele.

O resultado do primeiro quadrimestre provavelmente mostrará como deve ser o desempenho no restante do ano.

"Temos boas notícias sobre safra (agrícola) e boas notícias sobre veículos de passeio", afirmou Seras.

Em termos de receita, a empresa teve compensadas boa parte das perdas com a isenção da cobrança do eixo suspenso em caminhões vazios, permitida pela Lei do Caminhoneiro. Assim, a Ecorodovias estima receita melhor que o esperado e Ebitda maior neste ano.

O tráfego consolidado de veículos pagantes nas rodovias da empresa cresceu 3,3 por cento no quarto trimestre sobre o mesmo período do ano anterior. O tráfego consolidado pró-forma comparável recuou 4,3 por cento.

Ecoporto

Para o Ecoporto, terminal da companhia no porto de Santos, a companhia disse ainda ver um cenário desafiador neste ano.

O Ecoporto teve Ebitda pró-forma negativo em 7,6 milhões de reais no quarto trimestre, diante da redução na movimentação de contêineres na operação de cais, assim como na operação de armazenagem.

O diretor financeiro da Ecorodovias, Marcello Guidotti, afirmou que os desafios continuarão ao longo de 2016, mas que a empresa está trabalhando na captura de receitas de armazenagem e trabalhando para recuperar serviços de navios.

A empresa anunciou no ano passado que avalia a venda do Ecoporto e da operadora de logística Elog.

"Desinvestimentos que por ventura possam ocorrer serão totalmente dedicados para abater dívidas", disse Seras na teleconferência desta quarta-feira.

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São Paulo - A Ecorodovias está analisando os leilões de infraestrutura que podem ser feitos pelo governo federal, mas não acredita que eles ocorram em quantidade e talvez nem em localizações que possam ser de interesse da companhia neste ano, disse o presidente da empresa, Marcelino de Seras, em teleconferência nesta quarta-feira.

"Não acreditamos neste ano na retomada de leilões, de ativos ao mercado. A dedicação da companhia neste ano será o aumento da eficiência, produtividade, melhoria de indicadores e aditivos contratuais", afirmou Seras a analistas e investidores.

Ele citou que a empresa vê como de difícil ou de longa resolução o cenário político e macroeconômico conturbado no país, o que deve afetar a oferta de ativos de infraestrutura.

Assim, a Ecorodovias vai se concentrar em melhorar indicadores como Ebitda e lucro líquido, por exemplo, e redução do endividamento.

"Os novos investimentos que estão sendo falados ainda carecem de melhor compreensão dos riscos e melhor análise de como serão financiados", disse Seras.

Além de relicitar a Ponte Rio-Niterói, vencida pela Ecorodovias, o governo pretendia ter leiloado mais quatro rodovias no ano passado, mas as licitações foram atrasadas devido à necessidade de fazer ajustes nos projetos.

O ministro do Planejamento, Valdir Simão, disse à Reuters na semana passada que o cronograma de concessões de infraestrutura este ano não será alterado, mesmo com a piora no cenário político nos últimos dias.

Estão previstas para este ano as concessões de alguns portos e rodovias, além dos aeroportos de Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis.

O primeiro leilão de rodovia da segunda fase do programa de concessões de infraestrutura do governo, desconsiderando a relicitação da Ponte Rio-Niterói, é o da chamada "rodovia do frango", que liga Paraná e Santa Catarina.

O edital da licitação ainda não foi publicado e terá ajustes solicitados pelo Tribunal de Contas da União.

Tráfego

Quanto ao tráfego nas estradas da empresa, a Ecorodovias tem visto melhora no comportamento mês a mês neste início do ano, disse Seras.

O desempenho começou mal em janeiro e se recuperou um pouco em fevereiro, segundo ele.

O resultado do primeiro quadrimestre provavelmente mostrará como deve ser o desempenho no restante do ano.

"Temos boas notícias sobre safra (agrícola) e boas notícias sobre veículos de passeio", afirmou Seras.

Em termos de receita, a empresa teve compensadas boa parte das perdas com a isenção da cobrança do eixo suspenso em caminhões vazios, permitida pela Lei do Caminhoneiro. Assim, a Ecorodovias estima receita melhor que o esperado e Ebitda maior neste ano.

O tráfego consolidado de veículos pagantes nas rodovias da empresa cresceu 3,3 por cento no quarto trimestre sobre o mesmo período do ano anterior. O tráfego consolidado pró-forma comparável recuou 4,3 por cento.

Ecoporto

Para o Ecoporto, terminal da companhia no porto de Santos, a companhia disse ainda ver um cenário desafiador neste ano.

O Ecoporto teve Ebitda pró-forma negativo em 7,6 milhões de reais no quarto trimestre, diante da redução na movimentação de contêineres na operação de cais, assim como na operação de armazenagem.

O diretor financeiro da Ecorodovias, Marcello Guidotti, afirmou que os desafios continuarão ao longo de 2016, mas que a empresa está trabalhando na captura de receitas de armazenagem e trabalhando para recuperar serviços de navios.

A empresa anunciou no ano passado que avalia a venda do Ecoporto e da operadora de logística Elog.

"Desinvestimentos que por ventura possam ocorrer serão totalmente dedicados para abater dívidas", disse Seras na teleconferência desta quarta-feira.

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