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Economistas pioram projeção de inflação para 2013 e 2014

Economistas pioraram a projeção para o IPCA neste ano a 5,72%, e para 2014 passaram a ver o indicador a 5,97%

Dinheiro: perspectiva para a expansão do PIB em 2013 foi mantida em 2,30 por cento, mas para o ano que vem foi ajustada para baixo, a 2 por cento (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2013 às 08h15.

São Paulo - Economistas de instituições financeiras elevaram levemente a perspectiva para a inflação neste ano e em 2014, mantendo ao mesmo tempo a projeção para a Selic em 2014 em 10,5 por cento, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.

Os economistas pioraram a projeção para o IPCA neste ano e em 2014 em 0,02 ponto percentual, a 5,72 por cento e 5,97 por cento, respectivamente. As contas para os preços administrados também mudaram. Para este ano, segundo o Focus, elas indicam alta de 1,35 por cento, ante 1,50 por cento, mas para 2014 cresceram e chegaram a 4 por cento, acima dos 3,85 por cento esperados antes.

A perspectiva para a inflação nos próximos 12 meses, por sua vez, foi elevada a 6,05 por cento por cento, ante 6,03 por cento.

Neste final de ano, a inflação tem surpreendido ao não mostrar sinais de arrefecimento, o que pode pressionar ainda mais a atual política monetária. Em dezembro, por exemplo, o IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, surpreendeu ao acelerar a alta mensal a 0,75 por cento, fechando o ano em 5,85 por cento.

O Focus mostrou ainda manutenção do cenário para a taxa básica de juros. Para os economistas consultados pelo BC, a Selic ficará em 10,50 por cento no fim do ano que vem, mesma taxa há quatro semanas.

Para a reunião de janeiro do Comitê de Política Monetária (Copom), ficou inalterada a projeção de aumento de 0,25 ponto percentual na Selic.


Entretanto, no Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções nesse período, a expectativa continua sendo de maior aperto em 2014. A mediana das estimativas aponta perspectiva de que o juro básico encerrará 2014 a 11 por cento, também a mesma da pesquisa anterior.

Atividade

O mercado reduziu, pela terceira semana seguida, suas projeções para o crescimento da atividade em 2014: agora, veem o Produto Interno Bruto (PIB) com expansão de 2 por cento, ligeiramente abaixo dos 2,01 por cento do levantamento anterior.

Para 2013, as contas foram mantidas com expansão de 2,30 por cento.

O Focus mostrou ainda que os especialistas estão vendo cada vez menos recuperação da produção industrial neste e no próximo ano. A atividade, calculam, deve crescer 1,60 por cento em 2013, um pouco abaixo do 1,61 por cento anterior, mas marcado a quarta semana seguida de queda nas projeções.

Para 2014, a redução foi mais intensa, com as estimativas de expansão passando a 2,23 por cento, ante 2,31 por cento.

Na sexta-feira, o Banco Central reduziu em seu Relatório de Inflação a estimativa de crescimento do PIB brasileiro deste ano a 2,3 por cento, ante 2,5 por cento previstos até então e indicando que a atividade não vai acelerar em 2014, ao mesmo tempo em que praticamente não mudou sua perspectiva para a inflação em 2013 e 2014, mantendo-a próxima de 6 por cento.

Atualizado às 9h14

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São Paulo - Economistas de instituições financeiras elevaram levemente a perspectiva para a inflação neste ano e em 2014, mantendo ao mesmo tempo a projeção para a Selic em 2014 em 10,5 por cento, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.

Os economistas pioraram a projeção para o IPCA neste ano e em 2014 em 0,02 ponto percentual, a 5,72 por cento e 5,97 por cento, respectivamente. As contas para os preços administrados também mudaram. Para este ano, segundo o Focus, elas indicam alta de 1,35 por cento, ante 1,50 por cento, mas para 2014 cresceram e chegaram a 4 por cento, acima dos 3,85 por cento esperados antes.

A perspectiva para a inflação nos próximos 12 meses, por sua vez, foi elevada a 6,05 por cento por cento, ante 6,03 por cento.

Neste final de ano, a inflação tem surpreendido ao não mostrar sinais de arrefecimento, o que pode pressionar ainda mais a atual política monetária. Em dezembro, por exemplo, o IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, surpreendeu ao acelerar a alta mensal a 0,75 por cento, fechando o ano em 5,85 por cento.

O Focus mostrou ainda manutenção do cenário para a taxa básica de juros. Para os economistas consultados pelo BC, a Selic ficará em 10,50 por cento no fim do ano que vem, mesma taxa há quatro semanas.

Para a reunião de janeiro do Comitê de Política Monetária (Copom), ficou inalterada a projeção de aumento de 0,25 ponto percentual na Selic.


Entretanto, no Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções nesse período, a expectativa continua sendo de maior aperto em 2014. A mediana das estimativas aponta perspectiva de que o juro básico encerrará 2014 a 11 por cento, também a mesma da pesquisa anterior.

Atividade

O mercado reduziu, pela terceira semana seguida, suas projeções para o crescimento da atividade em 2014: agora, veem o Produto Interno Bruto (PIB) com expansão de 2 por cento, ligeiramente abaixo dos 2,01 por cento do levantamento anterior.

Para 2013, as contas foram mantidas com expansão de 2,30 por cento.

O Focus mostrou ainda que os especialistas estão vendo cada vez menos recuperação da produção industrial neste e no próximo ano. A atividade, calculam, deve crescer 1,60 por cento em 2013, um pouco abaixo do 1,61 por cento anterior, mas marcado a quarta semana seguida de queda nas projeções.

Para 2014, a redução foi mais intensa, com as estimativas de expansão passando a 2,23 por cento, ante 2,31 por cento.

Na sexta-feira, o Banco Central reduziu em seu Relatório de Inflação a estimativa de crescimento do PIB brasileiro deste ano a 2,3 por cento, ante 2,5 por cento previstos até então e indicando que a atividade não vai acelerar em 2014, ao mesmo tempo em que praticamente não mudou sua perspectiva para a inflação em 2013 e 2014, mantendo-a próxima de 6 por cento.

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