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Economia brasileira ficará estável em 2017, diz revista

Especialistas da revista britânica The Economist preveem estabilização da economia do Brasil em 2017 e elevação do PIB acima de 2% até 2020

Reais: revista britânica prevê estabilização para economia brasileira em 2017 e elevação do PIB em 2020 (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2016 às 16h33.

Londres - A Economist Intelligence Unit (EIU) estima que, devido à crise política, a economia brasileira registre queda de 3,7% neste ano, alcance a estabilização em 2017 e eleve o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) acima de 2% até 2020.

"O ambiente desafiante para a economia do Brasil deve continuar este ano, com uma retração esperada pelo menos até o terceiro trimestre, chegando ao final do ano com uma contração de 3,7%, o que representa uma revisão ante os 3,1% de recessão esperados no mês passado, devido às implicações da crise política cada vez mais profunda", afirmam os especialistas da unidade de análise econômica da revista britânica The Economist.

Na análise econômica que fazem sobre o Brasil, os técnicos da revista confirmam a conclusão do mês passado, de que deveriam rever o prognóstico de recessão no país, de 3,1% para, pelo menos, mais 0,5 ponto percentual.

"As repercussões do escândalo da Petrobras afetam não só investimento em petróleo e gás, mas também em infraestrutura, como resultado do envolvimento das principais empresas de construção civil", diz o relatório, lembrando que a taxa de investimentos no Brasil caiu para 18%, e a de poupança, para 14,4%.

"Partindo do princípio de que a inflação e o orçamento melhorem, isto vai abrir caminho para uma estabilização do PIB em 2017 e uma recuperação gradual, pouco acima de 2%, em 2018 a 2020, mas ainda assim bem abaixo da média anual de 4,5% registada durante a expansão das matérias-primas, e o crescimento do PIB terá de ser alicerçado mais em reformas estruturais e ganhos de produtividade", afirmam os analistas.

Os especialistas acrescentam que a inflação "deverá abrandar ao longo do período em análise, depois de ter chegado a 10,8% em fevereiro". Os técnicos esperam que a taxa anual caia para 7,5% no final deste ano, o que é abaixo da expectativa anterior, "por causa da recente depreciação da moeda e do movimento das forças inflacionárias”.

Focus

A projeção da EIU está próxima da expectativa dos analistas e investidores do mercado brasileiro, que este ano já fizeram o décimo ajuste consecutivo nas estimativas. No último levantamento publicado pelo Banco Central, a estimativa para a queda do PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,60% para 3,66%. O próximo levantamento será divulga nesta segunda-feira (4).

Para 2017, a expectativa de crescimento foi reduzida de 0,44% para 0,35%, no segundo ajuste seguido. As instituições financeiras também projetam que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), vai fechar este ano em 7,31%, no terceiro ajuste seguido. Na semana passada, a estimativa era 7,43%. Para 2017, a estimativa segue em 6%, há sete semanas consecutivas.

*Com informações complementares da Agência Lusa

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Londres - A Economist Intelligence Unit (EIU) estima que, devido à crise política, a economia brasileira registre queda de 3,7% neste ano, alcance a estabilização em 2017 e eleve o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) acima de 2% até 2020.

"O ambiente desafiante para a economia do Brasil deve continuar este ano, com uma retração esperada pelo menos até o terceiro trimestre, chegando ao final do ano com uma contração de 3,7%, o que representa uma revisão ante os 3,1% de recessão esperados no mês passado, devido às implicações da crise política cada vez mais profunda", afirmam os especialistas da unidade de análise econômica da revista britânica The Economist.

Na análise econômica que fazem sobre o Brasil, os técnicos da revista confirmam a conclusão do mês passado, de que deveriam rever o prognóstico de recessão no país, de 3,1% para, pelo menos, mais 0,5 ponto percentual.

"As repercussões do escândalo da Petrobras afetam não só investimento em petróleo e gás, mas também em infraestrutura, como resultado do envolvimento das principais empresas de construção civil", diz o relatório, lembrando que a taxa de investimentos no Brasil caiu para 18%, e a de poupança, para 14,4%.

"Partindo do princípio de que a inflação e o orçamento melhorem, isto vai abrir caminho para uma estabilização do PIB em 2017 e uma recuperação gradual, pouco acima de 2%, em 2018 a 2020, mas ainda assim bem abaixo da média anual de 4,5% registada durante a expansão das matérias-primas, e o crescimento do PIB terá de ser alicerçado mais em reformas estruturais e ganhos de produtividade", afirmam os analistas.

Os especialistas acrescentam que a inflação "deverá abrandar ao longo do período em análise, depois de ter chegado a 10,8% em fevereiro". Os técnicos esperam que a taxa anual caia para 7,5% no final deste ano, o que é abaixo da expectativa anterior, "por causa da recente depreciação da moeda e do movimento das forças inflacionárias”.

Focus

A projeção da EIU está próxima da expectativa dos analistas e investidores do mercado brasileiro, que este ano já fizeram o décimo ajuste consecutivo nas estimativas. No último levantamento publicado pelo Banco Central, a estimativa para a queda do PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,60% para 3,66%. O próximo levantamento será divulga nesta segunda-feira (4).

Para 2017, a expectativa de crescimento foi reduzida de 0,44% para 0,35%, no segundo ajuste seguido. As instituições financeiras também projetam que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), vai fechar este ano em 7,31%, no terceiro ajuste seguido. Na semana passada, a estimativa era 7,43%. Para 2017, a estimativa segue em 6%, há sete semanas consecutivas.

*Com informações complementares da Agência Lusa

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