Economia americana se dá melhor com presidentes democratas
Novo trabalho de economistas da Universidade de Princeton mostra que Estados Unidos crescem mais com presidentes democratas, mas não consegue explicar o motivo
João Pedro Caleiro
Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 15h36.
São Paulo – Apesar dos cinco anos de crescimento baixo com Obama , a evidência histórica mostra que a economia americana vai melhor quando o presidente é do partido democrata do que quando ele é republicano.
A conclusão é de um trabalho de Alan S. Blinder e Mark W. Watson, professores do departamento de Economia da Universidade de Princeton que investigaram vários indicadores desde 1947.
A performance melhor dos democratas é confirmada por uma série de índices. A média de crescimento anual é de 4,35% para presidentes democratas e 2,54% para republicanos (o primeiro trimestre de cada presidente é atribuído ao anterior).
Dos trimestres em recessão, 8 aconteceram em administrações democratas e 41 em republicanas.
Tira-teima
E se o que importasse fosse não o partido do presidente e sim o seu histórico, sua altura, sua idade ou quem controla o Congresso? Todas estas hipóteses foram testadas, e nenhuma mostrou poder explicativo.
O trabalho também investiga (e descarta) que a diferença é causada por uma questão de timing político ou de ciclo de negócios: os democratas herdam, em média, um crescimento de 0,6%, contra 3,8% no começo dos mandatos republicanos.
Mas e se justamente isso é uma vantagem democrata, já que a economia tende a acelerar após períodos de baixo crescimento? Nada feito: a diferença permanece mesmo quando os democratas herdam momentos de expansão saudável.
Política fiscal e monetária também são descartadas como explicações, até porque esta última é de responsabilidade do banco central, onde as mudanças de chefia não acompanham o calendário das eleições.
Mistério
A conclusão é que os democratas são favorecidos por choques do petróleo mais brandos, aumentos de produtividade e mais consumo de bens duráveis no início do mandato.
Ainda assim, estes três fatores explicariam de 46% a 62% da diferença – o resto continua um mistério.
Até a dupla de pesquisadores se mostrou surpresa com os resultados. A maior parte dos economistas no meio acadêmico americano credita que o presidente, por si só, tem pouco impacto sobre o crescimento do país.
A diferença também não aparece em outros países nos quais a presidência vai e volta entre partidos de diferentes linhas ideológicas, como Reino Unido, França e Alemanha. Tudo indica que este é mais um fenômeno puramente americano.
São Paulo – Apesar dos cinco anos de crescimento baixo com Obama , a evidência histórica mostra que a economia americana vai melhor quando o presidente é do partido democrata do que quando ele é republicano.
A conclusão é de um trabalho de Alan S. Blinder e Mark W. Watson, professores do departamento de Economia da Universidade de Princeton que investigaram vários indicadores desde 1947.
A performance melhor dos democratas é confirmada por uma série de índices. A média de crescimento anual é de 4,35% para presidentes democratas e 2,54% para republicanos (o primeiro trimestre de cada presidente é atribuído ao anterior).
Dos trimestres em recessão, 8 aconteceram em administrações democratas e 41 em republicanas.
Tira-teima
E se o que importasse fosse não o partido do presidente e sim o seu histórico, sua altura, sua idade ou quem controla o Congresso? Todas estas hipóteses foram testadas, e nenhuma mostrou poder explicativo.
O trabalho também investiga (e descarta) que a diferença é causada por uma questão de timing político ou de ciclo de negócios: os democratas herdam, em média, um crescimento de 0,6%, contra 3,8% no começo dos mandatos republicanos.
Mas e se justamente isso é uma vantagem democrata, já que a economia tende a acelerar após períodos de baixo crescimento? Nada feito: a diferença permanece mesmo quando os democratas herdam momentos de expansão saudável.
Política fiscal e monetária também são descartadas como explicações, até porque esta última é de responsabilidade do banco central, onde as mudanças de chefia não acompanham o calendário das eleições.
Mistério
A conclusão é que os democratas são favorecidos por choques do petróleo mais brandos, aumentos de produtividade e mais consumo de bens duráveis no início do mandato.
Ainda assim, estes três fatores explicariam de 46% a 62% da diferença – o resto continua um mistério.
Até a dupla de pesquisadores se mostrou surpresa com os resultados. A maior parte dos economistas no meio acadêmico americano credita que o presidente, por si só, tem pouco impacto sobre o crescimento do país.
A diferença também não aparece em outros países nos quais a presidência vai e volta entre partidos de diferentes linhas ideológicas, como Reino Unido, França e Alemanha. Tudo indica que este é mais um fenômeno puramente americano.