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É preciso manter o câmbio competitivo, diz Luiz Belluzzo

Segundo o ex-secretário de Política Econômica, o país está com um atraso cambial de 20 anos

Casa de câmbio: "não se trata de fazer desvalorização de 30%, de forma abrupta, pois isso traz impacto na inflação. É uma questão que precisa de cuidado", disse (Bruno Domingos/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 13h24.

Campinas, SP - O ex-secretário de Política Econômica Luiz Gonzaga Belluzzo disse nesta sexta-feira, 4, que a "presidente Dilma tem clareza de que é preciso fazer desvalorização, pois estamos com um atraso cambial". A afirmação foi feita em palestra na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Não é isso?", perguntou ao seu colega de mesa, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que não fez nenhum comentário.

"Não se trata de fazer desvalorização de 30%, de forma abrupta, pois isso traz impacto na inflação. É uma questão que precisa de cuidado", ressaltou Belluzzo. "O grande problema foram os 20 anos de apreciação contínua do câmbio , e isso provocou esse atraso", disse.

"É preciso pensar que é necessário manter o câmbio competitivo para que o avanço da indústria garanta o salário real, senão você está dando uma ilusão", afirmou Belluzzo.

"A Dilma agora foi ajudada pelo Ben Bernanke", comentou, referindo-se ao fato de o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e seu colegiado terem decidido não iniciar em setembro o processo de redução de compras mensais de US$ 85 bilhões de ativos federais nos Estados Unidos.

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"Não se trata de fazer desvalorização de 30%, de forma abrupta, pois isso traz impacto na inflação. É uma questão que precisa de cuidado", ressaltou Belluzzo. "O grande problema foram os 20 anos de apreciação contínua do câmbio , e isso provocou esse atraso", disse.

"É preciso pensar que é necessário manter o câmbio competitivo para que o avanço da indústria garanta o salário real, senão você está dando uma ilusão", afirmou Belluzzo.

"A Dilma agora foi ajudada pelo Ben Bernanke", comentou, referindo-se ao fato de o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e seu colegiado terem decidido não iniciar em setembro o processo de redução de compras mensais de US$ 85 bilhões de ativos federais nos Estados Unidos.

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