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Dólar, inflação e bolsas saem prejudicados com confronto no Iraque

Um eventual confronto de longa duração contra o Iraque refletiria imediatamente no comportamento da taxa de câmbio. Como foi observado no ínicio do mês de janeiro, o governo do PT e seu discurso de política monetária conseguiram acalmar o mercado, fazendo o dólar recuar para 3,20 reais. A escalada da cotação, portanto, está fortemente influenciada […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h55.

Um eventual confronto de longa duração contra o Iraque refletiria imediatamente no comportamento da taxa de câmbio. Como foi observado no ínicio do mês de janeiro, o governo do PT e seu discurso de política monetária conseguiram acalmar o mercado, fazendo o dólar recuar para 3,20 reais. A escalada da cotação, portanto, está fortemente influenciada pelo cenário externo e pelas ameaças de confronto entre os Estados Unidos e o Iraque. "Se a ansiedade com uma eventual guerra e seus possíveis efeitos perdurarem, teríamos maiores pressões inflacionárias e a autoridade monetária seria levada a elevar a taxa real de juros para coibir altas acentuadas dos índices de preços", afirma o Lloyds TSB em análise semanal.

O banco alerta que uma "maior desvalorização cambial combinada com elevação da taxa real de juros redundaria em menor crescimento econômico e elevação da relação dívida interna em relação ao PIB". Sendo assim, o Lloyds TSB avalia que "a superação desse risco (EUA/Iraque) seria muito bem vinda" ao mercado financeiro brasileiro.

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Em contrapartida, o fluxo de entrada por captações externas não foi suficiente para se contrapor à reversão das expectativas do mercado externo durante a semana passada. "Parte do mercado aproveitou as cotações mais baixas do câmbio para restruturar suas posições e isso pode continuar a pressionar o câmbio."

Para complicar ainda mais, a diferença de cotação entre o dólar à vista e o primeiro contrato futuro voltou a cair. "Isso significa que o volume disponível no mercado está muito perto da demanda dos compradores."

A tensão entre Iraque e Estados Unidos também está prejudicando o desempenho do mercado de ações. O IBOVESPA, depois de subir 8,6% acumula queda de 6,5% no mês. "Ainda que o governo esteja indo na direção correta o mercado está muito mais sensível do que se supunha ao conflito EUA/Iraque", diz o Lloyds. "A origem do pessimismo vem das principais bolsas internacionais. O Dow Jones acumula queda de 4,3% no ano."

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