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Dólar a R$ 2,19 do Orçamento não é previsão, diz Mantega

Mantega aproveitou para dizer que o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) "deixa um pouco a desejar" quando se comunica e não é muito claro

Guido Mantega: ministro avalia, ainda, que continuará havendo estoque de liquidez elevado quando "a situação se acomodar" (Jin Lee/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 15h18.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , informou que a taxa de câmbio indicada na proposta orçamentária para 2014 foi fixada em R$ 2,19.

"Isso não deve ser tomado como previsão", insistiu em entrevista à imprensa para detalhar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) entregue na manhã desta quinta-feira, 29, ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Mantega aproveitou para dizer que o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) "deixa um pouco a desejar" quando se comunica e não é muito claro.

O ministro afirmou acreditar que o órgão fala não em enxugamento de liquidez, mas sim em fluxo de liquidez. Mantega avalia, ainda, que continuará havendo estoque de liquidez elevado quando "a situação se acomodar". "Daqui a pouco, fluxos vão se redefinir", disse.

Houve uma arrancada nas semanas anteriores e o dólar superou R$ 2,40, mas tem se situado abaixo desse patamar nos últimos pregões, após medidas do Banco Central para reduzir a volatilidade do mercado de câmbio. A puxada do dólar ocorre em meio à movimentação global de recursos voltando para os EUA, depois que o Fed sinalizou que no curto prazo começará a reduzir sua política de incentivos.

Ao ser questionado por jornalistas, Mantega reforçou que não haverá novas desonerações tributárias no ano que vem. Segundo ele, as atuais estão surtindo efeito e estavam previstas novas desonerações da folha "marginais" para entrar em vigor no início de 2014. "Não há adição de desoneração para o próximo ano", reforçou.

Sobre o superávit primário, a economia para pagamento de juros da dívida, Mantega declarou que o governo poderá fazer em 2014 um "intermediário" das contas do setor público entre 3,1% do PIB e 2,1% do PIB, que é a meta prevista com abatimentos. De acordo com o ministro, se o cenário econômico melhorar, o governo poderá fazer um abatimento menor do que os R$ 58 bilhões previstos na proposta de Lei Orçamentária.

"Se o cenário for melhor, se houver recuperação da economia, poderemos abater menos daquilo que está sendo colocado, e fazer uma primário intermediário." O ministro esclareceu ainda que o governo traçou no documento um cenário "moderado", que poderá melhorar com uma arrecadação de tributos e crescimento maiores. Mantega reforçou que a ação do governo tem sido a de fazer um abatimento menor, com exceção do ano passado.

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Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , informou que a taxa de câmbio indicada na proposta orçamentária para 2014 foi fixada em R$ 2,19.

"Isso não deve ser tomado como previsão", insistiu em entrevista à imprensa para detalhar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) entregue na manhã desta quinta-feira, 29, ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Mantega aproveitou para dizer que o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) "deixa um pouco a desejar" quando se comunica e não é muito claro.

O ministro afirmou acreditar que o órgão fala não em enxugamento de liquidez, mas sim em fluxo de liquidez. Mantega avalia, ainda, que continuará havendo estoque de liquidez elevado quando "a situação se acomodar". "Daqui a pouco, fluxos vão se redefinir", disse.

Houve uma arrancada nas semanas anteriores e o dólar superou R$ 2,40, mas tem se situado abaixo desse patamar nos últimos pregões, após medidas do Banco Central para reduzir a volatilidade do mercado de câmbio. A puxada do dólar ocorre em meio à movimentação global de recursos voltando para os EUA, depois que o Fed sinalizou que no curto prazo começará a reduzir sua política de incentivos.

Ao ser questionado por jornalistas, Mantega reforçou que não haverá novas desonerações tributárias no ano que vem. Segundo ele, as atuais estão surtindo efeito e estavam previstas novas desonerações da folha "marginais" para entrar em vigor no início de 2014. "Não há adição de desoneração para o próximo ano", reforçou.

Sobre o superávit primário, a economia para pagamento de juros da dívida, Mantega declarou que o governo poderá fazer em 2014 um "intermediário" das contas do setor público entre 3,1% do PIB e 2,1% do PIB, que é a meta prevista com abatimentos. De acordo com o ministro, se o cenário econômico melhorar, o governo poderá fazer um abatimento menor do que os R$ 58 bilhões previstos na proposta de Lei Orçamentária.

"Se o cenário for melhor, se houver recuperação da economia, poderemos abater menos daquilo que está sendo colocado, e fazer uma primário intermediário." O ministro esclareceu ainda que o governo traçou no documento um cenário "moderado", que poderá melhorar com uma arrecadação de tributos e crescimento maiores. Mantega reforçou que a ação do governo tem sido a de fazer um abatimento menor, com exceção do ano passado.

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