O contingente de desocupados nas regiões de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife cresceu 17,9% em julho de 2006 se comparado ao resultado apurado um ano antes. Com isso, a taxa de desocupação chegou ao patamar de 10,7%, o mais alto desde abril de 2005, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE).

Segundo a pesquisa, 2,4 milhões de trabalhadores estavam à procura de emprego em julho, 368 mil pessoas a mais do que no mesmo mês do ano passado. Em relação a junho, quando a taxa de desocupação ficou em 10,4%, o contingente ficou praticamente estável. 

A maior alta no mês em relação ao mesmo período de 2005 foi apurada em Porto Alegre, que viu aumentar o contingente de desocupados em 29,2%. O crescimento acima de 20% se repetiu em todas as outras capitais pesquisadas, à exceção de Salvador, onde houve estabilidade.

Já a população ocupada foi estimada em 20,2 milhões de pessoas, o mesmo apurado em junho. Frente a julho do ano passado, o contingente aumentou em 2,1%. Segundo a pesquisa, o grupo de atividade que concentrou mais trabalhadores - 19,5% do total - foi o de comércio, reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos e comércio de combustíveis. Em segundo lugar, veio a indústria, que empregou 17,6% dos ocupados no mês.

O rendimento dos ocupados cresceu na comparação anual. Em julho de 2006, os trabalhadores receberam, em média, 1 028,50 reais, 3,4% mais do que em julho de 2005. Frente a junho, no entanto, o valor caiu 0,7%.

A pesquisa mostra também que aumentou o número de empregados com carteira assinada no setor privado. De julho de 2005 para julho de 2006, 408 mil pessoas entraram no mercado formal, o que representa uma alta de 5,1%.