Economia

Demanda industrial alemã tem queda maior em setembro

Apesar da retração, o governo alemão disse que os números das encomendas para o terceiro trimestre inteiro ainda são positivos

Indústria alemã: contratos para os produtos "Fabricados na Alemanha" diminuíram 0,6 por cento no mês (Sean Gallup/Getty Images/Getty Images)

Indústria alemã: contratos para os produtos "Fabricados na Alemanha" diminuíram 0,6 por cento no mês (Sean Gallup/Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 7 de novembro de 2016 às 09h31.

Última atualização em 7 de novembro de 2016 às 09h38.

Berlim - A demanda fraca tanto no país como no exterior provocou uma queda inesperada das encomendas à industria alemã em setembro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, diminuindo as expectativas de que as fábricas darão uma contribuição significativa para o crescimento no terceiro trimestre.

Os contratos para os produtos "Fabricados na Alemanha" diminuíram 0,6 por cento no mês, a queda mais acentuada desde abril, após aumentos nos dois meses anteriores. A expectativa em pesquisa da Reuters era de um aumento de 0,3 por cento.

Apesar disso, o Ministério da Economia disse que os números das encomendas para o terceiro trimestre inteiro, não apenas em setembro, ainda são positivos. "A melhora dos indicadores de confiança apontam para uma certa recuperação do setor industrial durante o resto do ano", acrescentou.

Mas os analistas estavam menos otimistas. O ING Bank disse em nota aos clientes que os dados refletem a realidade de um setor que mostrou-se fraco por quase três anos, registrando um crescimento médio mensal de 0,1 por cento nos primeiros nove meses deste ano.

"O alívio inicial após o choque do Brexit com dois meses positivos diante do aumento de novas encomendas deu agora espaço para o realismo", escreveu o economista do ING Carsten Brzeski em nota.

A demanda doméstica caiu 1,1 por cento, enquanto as encomendas estrangeiras diminuíram 0,3 por cento. A demanda dos países da zona do euro caiu 4,5 por cento.

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