Economia

Demanda do consumidor por crédito cai pela terceira vez seguida

A procura por crédito diminuiu 1,7% em novembro em relação a outubro

Se classificados por faixa de renda, os únicos grupos de consumidores que não apresentaram queda na demanda são os que têm ganhos mensais de menos de R$ 500 e mais de R$ 10 mil  (Masão Goto Filho/EXAME.com)

Se classificados por faixa de renda, os únicos grupos de consumidores que não apresentaram queda na demanda são os que têm ganhos mensais de menos de R$ 500 e mais de R$ 10 mil (Masão Goto Filho/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2011 às 11h11.

São Paulo - A procura dos consumidores brasileiros por crédito diminuiu 1,7% em novembro, em relação a outubro, segundo dados divulgados hoje (9) pela empresa de consultoria Serasa Experian. É a terceira redução consecutiva do indicador, que registrou queda de 7,4% no comparativo com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, houve alta de 8,8% em relação ao mesmo período de 2010.

Se classificados por faixa de renda, os únicos grupos de consumidores que não apresentaram queda na demanda são os que têm ganhos mensais de menos de R$ 500 e mais de R$ 10 mil – cada um deles com uma elevação de 0,2% de um mês para o outro. Todas as demais faixas de renda apresentaram redução, sendo que a maior delas foi observada na faixa de ganhos entre R$ 1.000 e R$ 2.000, com queda de 2,1%.

Na análise por região do país, a Nordeste foi a única onde houve aumento na busca por crédito, com alta de 1,7% em novembro em relação ao mês anterior. As demais regiões apresentaram quedas, sendo as mais intensas na Centro-Oeste (-3,1%) e na Sul (-3%). Na Sudeste e na Norte, as reduções foram 2,1% e de 2,4%, respectivamente.

No acumulado no ano, consumidores nordestinos apresentaram a maior demanda, com alta de 13,7%, com relação ao mesmo período de 2010. Em segundo lugar está os da Região Centro-Oeste, com crescimento de 10,3%. Em seguida, aparecem os consumidores que vivem nas regiões Norte e Sudeste, onde houve alta acumulada de 8%. Por último, aparecem os da Região Sul, com elevação de 6,1%.

Segundos os economistas da Serasa, o desaquecimento econômico doméstico, o agravamento da conjuntura internacional e o aumento da inadimplência em 2011 têm levado os consumidores a serem mais moderados na busca de novos financiamentos, priorizando o pagamento de suas dívidas.

Acompanhe tudo sobre:ConsumoCréditoEmpresasempresas-de-tecnologiaExperianSerasa Experian

Mais de Economia

Papa Francisco recebe presidente do BID e ganha camisa do Flamengo

Qual será o impacto da tragédia do RS no PIB? Veja projeções

Moody's projeta alta de 2,0% no PIB do Brasil em 2024, e avanço de 2,2% em 2025

Haddad vai encontrar Papa Francisco para discutir taxação de grandes fortunas

Mais na Exame