Economia

Definição das eleições pode melhorar confiança, diz FGV

Em outubro, expectativas do setor de serviços cresceram 4,4%. As percepções sobre o futuro também melhoraram na prévia deste mês para a confiança da indústria


	Dilma: preocupação que ainda existe é sobre rumos da política econômica, diz superintendente da FGV
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma: preocupação que ainda existe é sobre rumos da política econômica, diz superintendente da FGV (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2014 às 14h54.

Rio - O nível de confiança das empresas pode ter alguma melhora pela definição tanto do quadro eleitoral quanto de futuras medidas para melhorar o quadro econômico, analisou nesta segunda-feira, 27, o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da Fundação Getulio Vargas (FGV), Aloisio Campelo.

"Havia muita incerteza em relação ao ambiente, algumas empresas tendem até a melhorar a avaliação por haver já alguma decisão, qualquer que seja", disse ao comentar os resultados da Sondagem do Comércio.

Segundo Campelo, a confiança do comércio não será a mais afetada pelo resultado das eleições, tendo em vista o desenho da pesquisa e a característica do setor, com grande pulverização e um contingente extenso de pequenas empresas.

"Elas estão muito ligadas no dia a dia, mas no modo geral notamos que, nas demais pesquisas empresariais, há muitas empresas que prestam atenção nesse cenário político", afirmou.

A preocupação que ainda remanesce, de acordo com Campelo, é sobre os rumos da política econômica.

Ontem, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita, mas ainda não há definições sobre como será a condução da economia nos próximos quatro anos.

"Essa definição pode ter algum efeito (na confiança), mas no comércio isso deve ser mais discreto", citou o superintendente.

"Ainda que 2015 seja um ano em que a economia vai crescer devagar, esse novo cenário terá impacto neutro ou ligeiramente positivo (nos índices de confiança)", acrescentou.

Em outubro, as expectativas do setor de serviços cresceram 4,4%. As percepções sobre o futuro também melhoraram na prévia deste mês para a confiança da indústria.

No comércio, as avaliações sobre os próximos meses também foram favoráveis, com aumento de 1,8%, segundo a série com ajuste sazonal (ainda experimental, já que a confiança do comércio é recente, iniciada em 2010).

Acompanhe tudo sobre:ConfiançaEleiçõesEleições 2014EmpresasFGV - Fundação Getúlio VargasNível de confiançaPolítica no Brasil

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor