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Custo da dívida italiana atinge mínima após novo de governo

Tesouro vendeu € 3 bilhões em títulos de dez anos a 3,94%, bem abaixo da taxa de 4,66% que pagou numa venda similar há um mês

Recém-nomeado primeiro-ministro, Enrico Letta conduz sua primeira reunião de gabinete no palácio Chigi, em Roma: formação de um novo governo acalmou os investidores (Giampiero Sposito/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2013 às 09h00.

Milão - Os custos de empréstimo referencial da Itália caíram para o menor nível desde outubro de 2010 no leilão realizado nesta segunda-feira, sinalizando uma aprovação dos investidores ao novo governo que encerrou dois meses de impasse político.

O Tesouro vendeu toda a quantia planejada de 3 bilhões de euros em títulos de dez anos a 3,94 por cento, bem abaixo da taxa de 4,66 por cento que pagou numa venda similar há um mês. O Tesouro também vendeu 3 bilhões de euros em papéis de cinco anos a 2,84 por cento, 0,82 ponto percentual a menos do que em março.

"O leilão foi bom, tanto em termos de demanda e especialmente em relação aos rendimentos", afirmou o estrategista de taxas do UniCredit Luca Cazzulani.

Investidores não pareciam preocupados com o fato de a nova administração ainda precisar passar pelo obstáculo de um voto parlamentar nesta segunda-feira, disse ele.

Outros sugeriram que a forte venda de dívida não refletiu a continuidade de tensões políticas e uma profunda crise econômica que a agência de classificação de risco Moody's alertou significar que a Itália pode eventualmente precisar de um resgate.

"Embora o sentimento do mercado pós-crise em relação à Itália nunca tenha sido melhor, as condições econômicas nunca foram tão ruins", afirmou o diretor-geral do Spiro Sovereign Strategy, Nicholas Spiro.

"A desconexão entre o mercado de títulos da Itália e a economia real deve aumentar ainda mais nos próximos dias e semanas." O primeiro-ministro de centro-esquerda, Enrico Letta, deve ganhar o voto de confiança, que está agendado para começar por volta das 15h (horário de Brasília).

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"O leilão foi bom, tanto em termos de demanda e especialmente em relação aos rendimentos", afirmou o estrategista de taxas do UniCredit Luca Cazzulani.

Investidores não pareciam preocupados com o fato de a nova administração ainda precisar passar pelo obstáculo de um voto parlamentar nesta segunda-feira, disse ele.

Outros sugeriram que a forte venda de dívida não refletiu a continuidade de tensões políticas e uma profunda crise econômica que a agência de classificação de risco Moody's alertou significar que a Itália pode eventualmente precisar de um resgate.

"Embora o sentimento do mercado pós-crise em relação à Itália nunca tenha sido melhor, as condições econômicas nunca foram tão ruins", afirmou o diretor-geral do Spiro Sovereign Strategy, Nicholas Spiro.

"A desconexão entre o mercado de títulos da Itália e a economia real deve aumentar ainda mais nos próximos dias e semanas." O primeiro-ministro de centro-esquerda, Enrico Letta, deve ganhar o voto de confiança, que está agendado para começar por volta das 15h (horário de Brasília).

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