São Paulo - O plantio da soja no Brasil atingiu 59 por cento da área prevista na atual temporada, incremento de 11 pontos percentuais na semana, com o avanço dos trabalhos nos principais Estados produtores aproximando-se da etapa final, informou a AgRural.

O cultivo está à frente dos 53 por cento registrados em igual período do ano passado, mas estável ante a média dos últimos cinco anos.

"Com o plantio entrando na reta final no Centro-Oeste e no Paraná, os trabalhos agora se concentram no Rio Grande do Sul e no Nordeste", informou a consultoria.

A área destinada à soja em 2013/14 no Brasil é estimada no recorde de 29,329 milhões de hectares pela AgRural, ou 5,8 por cento maior ante o ciclo anterior.

Em Mato Grosso, maior produtor de soja do país, 85 por cento da área prevista já foi cultivada, após um avanço de 13 pontos percentuais na semana e de seis pontos ante um atrás.

Segundo a AgRural, no norte e oeste de Mato Grosso as primeiras áreas cultivadas já começam a entrar no período de floração.

Mas a consultoria alerta para a ocorrência de chuvas no oeste do Estado, que aumentam o potencial de incidência da lagarta Helicoverpa armigera, que pode causar perdas de produtividade nas lavouras.

No Paraná, segundo no ranking de produção da oleaginosa, o cultivo atingiu 72 por cento da área prevista, em linha com a safra passada.

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Com a semeadura mais perto de ser concluída nas principais áreas produtoras, os trabalhos em campo agora ganham força no Rio Grande do Sul e nos Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e na parte oeste da Bahia, na região conhecida como Matopiba.

Comercialização

A comercialização da soja do ciclo 2013/14, porém, avançou a um ritmo mais lento na última semana e segue bem atrás se comparado há um ano, por conta dos preços menos atrativos.

A AgRural relatou que as vendas encerraram outubro em 34 por cento da produção esperada, três pontos percentuais a mais que no mês anterior.

No mesmo período do ano passado, os produtores já haviam comercializado 58 por cento da safra de soja do país.

"Os preços praticamente estáveis ao longo de outubro, e mais baixos em relação aos oferecidos no início de setembro, mantiveram os produtores pouco interessados em vender", disse a consultoria.