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Crise hídrica já preocupa comércio e indústria paulistas

A instalação de mais de uma caixa d'água e a perfuração de poços artesianos já são iniciativas que setores do comércio têm adotado para manter os negócios.

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2015 às 08h48.

São Paulo - A crise hídrica afeta comércio , indústria e agricultura em São Paulo , que já buscam opções e trabalham com cenários de racionamento. As alternativas representam custos adicionais para empreendedores e podem resultar em aumentos no preço final de mercadorias e serviços.

Um dos setores mais preocupados é o de bares e restaurantes. O repasse dos custos para o consumidor é praticamente certo, considera a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). "O mínimo de adequação para a crise exigiu um investimento que era inesperado. No caso de bares e restaurantes, praticamente tudo o que aumenta custos acaba sendo repassado", afirma o presidente da entidade em São Paulo, Percival Maricato.

A instalação de mais de uma caixa d'água e a perfuração de poços artesianos já são iniciativas que outros setores do comércio também têm adotado como forma de manter os negócios mesmo no caso de interrupção no fornecimento de água, comenta o físico José Goldemberg.

Ele preside um conselho na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) que tem orientado os estabelecimentos. "Acho que o racionamento é inevitável, mas há iniciativas que conseguem manter o comércio funcionando", comentou. "Só que vai ficar mais difícil e algumas coisas vão ficar mais caras."

Nas redes de supermercados, poços artesianos também são usados. O diretor de Meio Ambiente da Associação Paulista de Supermercados, Maurício Cavicchiolli, comenta, porém, que em alguns casos é preciso recorrer ao caminhão-pipa, alternativa mais cara. Dono da rede São Vicente, ele conta que na sua rede alguns poços chegaram a secar e, para não atrapalhar o atendimento nas lojas, foi preciso usar os caminhões.

Para os Shoppings, a prioridade é manter o atendimento. Segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) muitos empreendimentos têm pedido autorização para cavar poços artesianos. Em último caso, o caminhão-pipa é acionado. O presidente da entidade, Glauco Humai, destaca que essas alternativas são custosas e podem elevar as taxas pagas por lojistas.

Agricultura

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) afirmou ontem que está orientando produtores para o uso consciente da água na irrigação. O anúncio foi feito após declarações de que o governo de São Paulo deverá restringir o uso da água na agricultura, em meio à grave crise de abastecimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - A crise hídrica afeta comércio , indústria e agricultura em São Paulo , que já buscam opções e trabalham com cenários de racionamento. As alternativas representam custos adicionais para empreendedores e podem resultar em aumentos no preço final de mercadorias e serviços.

Um dos setores mais preocupados é o de bares e restaurantes. O repasse dos custos para o consumidor é praticamente certo, considera a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). "O mínimo de adequação para a crise exigiu um investimento que era inesperado. No caso de bares e restaurantes, praticamente tudo o que aumenta custos acaba sendo repassado", afirma o presidente da entidade em São Paulo, Percival Maricato.

A instalação de mais de uma caixa d'água e a perfuração de poços artesianos já são iniciativas que outros setores do comércio também têm adotado como forma de manter os negócios mesmo no caso de interrupção no fornecimento de água, comenta o físico José Goldemberg.

Ele preside um conselho na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) que tem orientado os estabelecimentos. "Acho que o racionamento é inevitável, mas há iniciativas que conseguem manter o comércio funcionando", comentou. "Só que vai ficar mais difícil e algumas coisas vão ficar mais caras."

Nas redes de supermercados, poços artesianos também são usados. O diretor de Meio Ambiente da Associação Paulista de Supermercados, Maurício Cavicchiolli, comenta, porém, que em alguns casos é preciso recorrer ao caminhão-pipa, alternativa mais cara. Dono da rede São Vicente, ele conta que na sua rede alguns poços chegaram a secar e, para não atrapalhar o atendimento nas lojas, foi preciso usar os caminhões.

Para os Shoppings, a prioridade é manter o atendimento. Segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) muitos empreendimentos têm pedido autorização para cavar poços artesianos. Em último caso, o caminhão-pipa é acionado. O presidente da entidade, Glauco Humai, destaca que essas alternativas são custosas e podem elevar as taxas pagas por lojistas.

Agricultura

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) afirmou ontem que está orientando produtores para o uso consciente da água na irrigação. O anúncio foi feito após declarações de que o governo de São Paulo deverá restringir o uso da água na agricultura, em meio à grave crise de abastecimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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