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Crescimento mundial segue, apesar de emergentes, diz Fitch

Com exceção do Brasil, a Fitch manteve as estimativas de crescimento praticamente inalteradas desde setembro

Sede da Fitch Ratings em Nova York: com exceção do Brasil, a Fitch manteve as estimativas de crescimento praticamente inalteradas desde setembro (Brendan McDermid/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 14h40.

São Paulo - O fraco desempenho econômico de países emergentes como o Brasil estão "depreciando" o crescimento mundial, mas é pouco provável que desencadeie uma recessão global, avalia a agência de classificação de risco Fitch Ratings , em relatório.

A agência prevê que o crescimento econômico do planeta será de 2,3% em 2015, 2,6% em 2016 e de 2,7%, em 2017 - uma modesta melhora depois do pior desempenho desde a crise financeira global em 2015 (+2,3%).

De acordo com a Fitch, enquanto as preocupações em relação ao crescimento do global do último inverno ainda não cessaram, "os problemas dos mercados emergentes não parecem estar causando dano extremo nas atividades das economias mais desenvolvidas".

"Políticas de estímulos econômicos têm avançado na zona do euro e na China e o crescimento global de gastos com o consumo parecem estar se segurando".

Com exceção do Brasil, a Fitch manteve as estimativas de crescimento praticamente inalteradas desde setembro.

Agora, a agência espera que o Produto Interno Bruto (PIB) do País caia 3,7% em 2015 (comparados com uma queda de 3,00% na última estimativa) e encolha 2,5% em 2016 (comparados com uma redução de 1,00%), em meio a uma forte queda no investimento e no consumo, além de um mercado de trabalho "deteriorado" e "um espaço muito limitado para política monetária", diz a Fitch.

Em relação à China, a avaliação é de que "os piores temores de uma desaceleração muito acentuada do PIB no curto prazo - após a volatilidade do mercado financeiro no verão do Hemisfério Norte - não foram confirmados pelos indicadores subsequentes".

"Além de setores robustos de consumo e de serviços, os investimentos em infraestrutura mantiveram-se relativamente fortes, apoiados pela flexibilização da política".

No entanto, a Fitch espera que a economia da China desacelere ainda mais no último trimestre de 2015 e em 2016.

As previsões mostram uma leve melhora no crescimento dos mercados emergentes em 2016, mas é pouco provável que se verifique uma recuperação real, diz a Fitch.

"Em vez disso, refletem uma estabilização na Rússia, onde uma grande compressão no consumo e nas importações estão impulsionando o comércio líquido, enquanto as atividades no Brasil estão afundando ainda mais, com previsão de encolhimento cumulativo de 6,2% no PIB em 2015 e 2016".

A Índia é o único país do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) a sustentar as previsões de crescimento.

O relatório ainda informa que o consumo privado está se sustentando nas maiores economias, crescendo no ritmo mais acelerado desde antes da crise financeira global.

Além disso, "uma melhora nos mercados de trabalho nos países avançados também está ajudando na segurança do trabalho, com um ou dois sinais de inflação salarial mais forte nos EUA e o crescimento do empréstimo aos consumidores".

"É provável que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) proceda de forma cautelosa depois da primeira elevação de juros, prevista para este mês. Nós esperamos que o Fed eleve os juros quatro vezes antes do fim final de 2016."

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São Paulo - O fraco desempenho econômico de países emergentes como o Brasil estão "depreciando" o crescimento mundial, mas é pouco provável que desencadeie uma recessão global, avalia a agência de classificação de risco Fitch Ratings , em relatório.

A agência prevê que o crescimento econômico do planeta será de 2,3% em 2015, 2,6% em 2016 e de 2,7%, em 2017 - uma modesta melhora depois do pior desempenho desde a crise financeira global em 2015 (+2,3%).

De acordo com a Fitch, enquanto as preocupações em relação ao crescimento do global do último inverno ainda não cessaram, "os problemas dos mercados emergentes não parecem estar causando dano extremo nas atividades das economias mais desenvolvidas".

"Políticas de estímulos econômicos têm avançado na zona do euro e na China e o crescimento global de gastos com o consumo parecem estar se segurando".

Com exceção do Brasil, a Fitch manteve as estimativas de crescimento praticamente inalteradas desde setembro.

Agora, a agência espera que o Produto Interno Bruto (PIB) do País caia 3,7% em 2015 (comparados com uma queda de 3,00% na última estimativa) e encolha 2,5% em 2016 (comparados com uma redução de 1,00%), em meio a uma forte queda no investimento e no consumo, além de um mercado de trabalho "deteriorado" e "um espaço muito limitado para política monetária", diz a Fitch.

Em relação à China, a avaliação é de que "os piores temores de uma desaceleração muito acentuada do PIB no curto prazo - após a volatilidade do mercado financeiro no verão do Hemisfério Norte - não foram confirmados pelos indicadores subsequentes".

"Além de setores robustos de consumo e de serviços, os investimentos em infraestrutura mantiveram-se relativamente fortes, apoiados pela flexibilização da política".

No entanto, a Fitch espera que a economia da China desacelere ainda mais no último trimestre de 2015 e em 2016.

As previsões mostram uma leve melhora no crescimento dos mercados emergentes em 2016, mas é pouco provável que se verifique uma recuperação real, diz a Fitch.

"Em vez disso, refletem uma estabilização na Rússia, onde uma grande compressão no consumo e nas importações estão impulsionando o comércio líquido, enquanto as atividades no Brasil estão afundando ainda mais, com previsão de encolhimento cumulativo de 6,2% no PIB em 2015 e 2016".

A Índia é o único país do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) a sustentar as previsões de crescimento.

O relatório ainda informa que o consumo privado está se sustentando nas maiores economias, crescendo no ritmo mais acelerado desde antes da crise financeira global.

Além disso, "uma melhora nos mercados de trabalho nos países avançados também está ajudando na segurança do trabalho, com um ou dois sinais de inflação salarial mais forte nos EUA e o crescimento do empréstimo aos consumidores".

"É provável que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) proceda de forma cautelosa depois da primeira elevação de juros, prevista para este mês. Nós esperamos que o Fed eleve os juros quatro vezes antes do fim final de 2016."

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