Economia

Corte no Orçamento pode ficar abaixo dos R$ 50 bilhões

Também não está descartada a possibilidade de o governo anunciar dia 12 decreto "tampão" com limitação das despesas


	Orçamento 2016: também não está descartada a possibilidade de o governo anunciar dia 12 decreto "tampão" com limitação das despesas
 (Ana Volpe/Senado/Fotos Públicas)

Orçamento 2016: também não está descartada a possibilidade de o governo anunciar dia 12 decreto "tampão" com limitação das despesas (Ana Volpe/Senado/Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2016 às 10h19.

Adriana Fernandes - Com espaço restrito para cortar despesas, a equipe econômica terá de fazer um contingenciamento bem menor do que os R$ 80 bilhões feitos em 2015.

O Orçamento de 2016 já foi elaborado e aprovado pelo Congresso Nacional com valores que levaram em conta o corte feito no ano passado, o que diminuiu a margem para o bloqueio.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que o corte poderá ficar até abaixo de R$ 50 bilhões. O valor ainda está em discussão.

Em 2015, o governo federal fez o maior contingenciamento desde a promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), tanto em valor quanto em proporção do Produto Interno Bruto (PIB).

Também não está descartada a possibilidade de o governo anunciar dia 12 decreto "tampão" com limitação das despesas. Esse decreto vigoraria até 22 de março, quando, pela legislação em vigor, o governo tem de enviar ao Congresso o primeiro relatório bimestral de avaliação de despesas e receitas. Aí, seria feito o corte definitivo.

Essa possibilidade, porém, é considerada baixa, segundo uma fonte envolvida nas discussões. Essa hipótese foi colocada na mesa de discussão para dar mais tempo ao governo e aos ministérios para acertar o valor do contingenciamento definitivo.

Todos esses cenários ainda estão em discussão na Junta Orçamentária para garantir o cumprimento da meta de superávit primário deste ano, fixada em 0,5% do PIB, o equivalente a R$ 30,5 bilhões.

A União terá de arcar com R$ 24 bilhões para o cumprimento da meta, e os Estados e municípios, com os R$ 6,55 bilhões restantes.

A intenção inicial do governo era anunciar o corte antes do feriado de carnaval, o que não foi possível dada a dificuldade de equacionar o Orçamento num cenário de queda da arrecadação.

A Lei Orçamentária foi elaborada com uma queda de 1,9% do PIB e os analistas do mercado já projetam uma recessão de 3% este ano. A queda da atividade tem impacto direto na arrecadação.

Com a recessão maior do que o previsto, o governo dificilmente conseguirá garantir o cumprimento da meta fiscal se não surgirem novas receitas extraordinários ou aumento de tributos que dispensam aprovação do Congresso.

O Orçamento foi feito contando com R$ 10 bilhões da CPMF, tributo que o governo propôs recriar, mas que os parlamentares resistem em aprovar. 

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffPersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilImpostosMinistério do PlanejamentoCPMFOrçamento federal

Mais de Economia

Por que as fusões entre empresas são difíceis no setor aéreo? CEO responde

Petrobras inicia entregas de SAF com produção inédita no Brasil

Qual poltrona do avião dá mais lucro para a companhia aérea?

Balança comercial tem superávit de US$ 5,8 bi em novembro